[funchal 45] Há um trabalho árduo ao longo de meses. São desenhadas peças soltas, mapas setoriais, juntam-se livros, estudos, palavras, pensamento. Quando se começam a sobrepor as peças desse puzzle é com incontido espanto e perplexidade que vemos “erguer-se” uma nova realidade, como uma nova cidade, transparente e luminosa, inquieta. Há um conhecimento que se leva a um ponto antes não tentado. Surgem propostas de intervenção, ambição de transformar de forma qualificada, propor mudanças para um tempo que não é imediato, mas que poderá estruturar os fragmentos dispersos de urgências perdidas num passado mais ou menos recente. Este é o trabalho dos arquitetos, dos desenhos por si efetuados, é o ponto de partida para uma cidade nova que interpreta sabiamente as múltiplas dimensões da urbe, que identifica e reconhece todos os seus nomes, todas as suas faces, o sentido, a matéria e a cor do seu tempo.
Planta do Funchal, Gabinete da Cidade, Funchal. 2017 |
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