[funchal 15] A cidade do turismo é feita de incongruências e estranhezas. Há edifícios de grandes dimensões, hotéis, que parece terem sido desenhados independentemente de qualquer relação com a especificidade do local, quer da cidade histórica, do seu ADN, quer mesmo da natureza do solo, dos declives, das falésias. São edifícios que parecem habitar uma realidade paralela, como se o turismo gozasse de um estatuto especial que o colocasse à margem de qualquer plano diretor municipal, de uma fiscalização cuidada no sentido da integração na “lógica” de cidade. É como se os desejos de economia fácil se colocassem acima do interesse público. E, o que é curioso, é que estes grandes edifícios são como gestos suicidários que se deflagram contra a própria cidade. Pois um dos motivos que chama o turismo é a singularidade de uma cidade que certas obras absurdas fazem, paulatinamente, desaparecer.
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Funchal. 2017 |
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Funchal. 2017 |