segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Castelo de Aguiar

[pst 132]  "A caminhada, a partir de um certo ponto, começa a ser um tanto dura. Não há carreiro, nem vereda: caminha-se, a corta-mato, ora contornando tufos de silvas ou de tojo, de carvalhiços, ora um ou outro penedo musgoso. Em dado passo, é preciso penetrar em uma espécie de furna (ou fisga) para se vencer um penedo encostado a outro penedo. Transposto o pelágico corredor, estamos no sopé do lendário castelo de Aguiar". Assim descrevia Sant' Anna Dionísio, no Guia de Portugal, o acesso ao referido castelo por o único ponto por onde é, ainda hoje, possível fazê-lo. Está construído sobre um enorme afloramento granítico e do seu cume avistamos toda a veiga do rio Corgo, a jusante de Vila Pouca de Aguiar.

Castelo de Aguiar — Castelo. Vila Pouca de Aguiar. 1 de setembro de 1996

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Única imagem

[permanecer inexistente_08] Há uma forma de síntese que procuramos numa única imagem, como uma fórmula matemática que revela a máxima realidade, ou uma bailarina que procura o movimento perfeito, ou a sublime interpretação de uma peça musical, a distância percorrida de forma mais rápida por um atleta, ou equilíbrio misterioso pintado numa tela. Há gestos performativos em todas estas ações. Esses gestos têm algo da sua essência na própria procura, mais talvez, do que no resultado, que se sabe ser sempre esquivo, efémero, circunstancial, executado num chão que se perde. Há um contexto mutante que desenha as marcas do tempo no nosso rosto. Fotografias como marca de vida. Desenho de um mapa.

C7.H - Praia da Mata, Almada - 38º37’23.97”N / 9º13’29.31”W - 11.12.2013_07:59

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cerca de S. Brás

[pst 131] A Cerca de S. Brás situa-se próximo da aldeia de Argemil, 2 km a norte de Carrazedo de Montenegro. Foi um povoado castrejo e agora está abandonado. Crescem árvores num lugar que deixou de ser habitado por homens.

Cerca de S. Brás — Argemil. Valpaços. 1 de setembro de 1996

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Castelo de Monforte de Rio Livre

[pst 130] O castelo de Monforte de Rio Livre foi construído em meados do século XIV, durante o reinado de D. Dinis. Em seu redor, e no interior de um perímetro mais alargado da muralha, existia a vila de Monforte de Rio Livre, de que são ainda visíveis alicerces de construções. Quando sede de concelho, aglutinava freguesias pertencentes aos concelhos de Chaves e Valpaços. No entanto nunca se desenvolveu e, em 1557, apenas contava catorze fogos. No início do século XIX a vila foi definitivamente abandonada. Subsiste a sólida construção do seu castelo e uma perspectiva invulgar sobre a veiga de Chaves.

Castelo de Monforte de Rio Livre — Águas Livres. Chaves. 3 de setembro de 1990

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Praça do Sol

[permanecer inexistente_07] Havia em Madrid uma singular beleza destruidora. Como uma gigantesca máquina humana construída para nos transformar: a cidade imensa que se estende, descontrolada, pelas terras que ela própria torna estéreis. O projeto de um sonho construído por milhares, milhões de vidas de ambição. Havia naquele fluir de tráfego, o retrato de um movimento cósmico, com a diferença da imprevisibilidade, que reparávamos quando uma viatura à nossa frente se afastava numa direção própria, ou depois uma outra se juntava, como se fosse de repente inevitavelmente óbvio que não havia ali dois destinos humanos minimamente próximos, demasiado afastados mesmo. Mas sabia, no entanto, que duas pessoas vindas de lugares distantes ao redor dessa imensa cidade, se haviam de quotidianamente encontrar, trocar palavras, experiências, pele sobre pele. Madrid era o símbolo de uma poderosa máquina humana em movimento constante, milhares de pessoas orbitam em torno de uma praça do Sol, cidade que parecia agora representar um sistema definido por pontos no espaço celeste.


C7.G - Apostiça, Sesimbra - 38º33’30.73”N / 9º9’0.25”W - 11.12.2013_10:31


Pelourinho da Bemposta

[pst 129] A Bemposta situa-se próximo do rio Douro, no local em que a este aflui, vindo de Espanha, o rio Tormes. A presença do pelourinho e as dimensões da aldeia que em tempos foi vila, comprovam um poder municipal que se perdeu. D. Dinis concedera-lhe foral em 1315 e D. Manuel em 1512. Quando a fronteira se fechou a Bemposta declinou deixando de ser sede de concelho em 1836.

Pelourinho da Bemposta. Mogadouro. 16 de setembro de 1996

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Castelo de Penas Roias

[pst 128] Penas Roias é uma pequena aldeia que se desenvolveu no sopé de um morro coroado por uma fortificação medieval. Desta construção são ainda visíveis alguns troços de muralha e a imponente torre de menagem. O local tivera presenças mais remotas, da Idade do Bronze, como o atestam as pinturas rupestres designadas por Fraga da Letra.

Castelo de Penas Roias. Mogadouro. 14 de setembro de1996


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Castanheiro — Serra de Bornes

[pst 135]  O castanheiro, juntamente com o carvalho, constituíam em tempos ainda recentes, as árvores mais importantes na economia agrária da região. A castanha era muito apreciada e, até à inclusão da batata nos hábitos alimentares dos homens, no século XVIII,  integrava a base da dieta alimentar do povo transmontano bem como de outras regiões do País. Ao deflagrar, a doença da tinta mata a maior parte destas árvores seculares. Mortas, por vezes perturbadoras, a sua presença continuaria a marcar a paisagem.

Castanheiro — Serra de Bornes, Sambade. Alfândega da Fé. 16 de maio de 1996

Luz rosa

[permanecer inexistente_06] Nos arredores de Lisboa a recolha fotográfica decorria sem os sobressaltos que não fossem o espanto que cada ponto pareceria revelar, por tudo quanto não era possível representar. Havia formas novas de interpretar o visível, de o tentar captar, mas foi quando atravessava uma tangente à cidade de Madrid, rumo ao norte, que verdadeiramente se sentia fora e dentro de um certo mundo familiar que cruzava universos contraditórios. Contornava a grande metrópole humana onde um número interminável de automóveis circulava a velocidades elevadas num mundo denso de solidão acentuada por dia de luminosidade reduzida, rosácea. Como se a cidade tivesse, ela própria, um ponto nodal, um coração, em torno do qual se organizava assumia-se como a síntese perfeita de que podia ser um "ponto".

C7.F - Castanhos, Setúbal - 38º31’4.62”N / 8º59’52.59”W - 11.12.2013_11:36

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Coluna — Lixa do Alvão

[pst 127] Esta coluna, localizada na área mais plana e povoada da serra do Alvão deveria servir para uma qualquer função cultual ou constituir um marco referenciador da paisagem. Não existem nas proximidades, vestígios visíveis de outras construções, que lhe confiram um sentido diferente. No alto da serra do Marão, junto à capela do Senhor da Serra, há uma coluna muito semelhante a esta.
Coluna — Lixa do Alvão. Vila Pouca de Aguiar. 1 de setembro de 1990
 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Santuário rupestre de Panoias

[pst 126] O santuário rupestre de Panoias, situa-se próximo da aldeia de Assento, não longe de Vila Real. É um recinto sagrado constituído por um conjunto de rochas, afloramentos graníticos, onde foram escavadas, com precisão, diversas cavidades, para servirem rituais hoje desconhecidos. O conjunto, que manifesta a existência de obscuros cultos religiosos difíceis de entender, seria constituído por diversos templos de que agora apenas restam vestígios de alicerces. Estes eram centrados num penedo maior, localizado no ponto mais alto do sítio. Subindo umas escadas escavadas nessa rocha, acedemos a uma superfície elevada onde existem recipientes abertos na rocha. Em redor avista-se um imenso círculo de montanhas longínquas, como se o santuário estivesse no centro do mundo.

Santuário rupestre de Panoias — Assento. Vila Real. 13 de maio de 1996

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Satélite

[permanecer inexistente_05] Quando confrontadas com o que se podia observar no terreno, a leitura das imagens de satélite, nalguns casos, evidenciavam a passagem do tempo sobre os lugares e as paisagens. Curiosamente era numa das maiores manchas vegetais, onde estava um ponto, que se notava a maior diferença perante a imagem de satélite. Tinha havido uma devastação de pinheiros, mesmo os aceiros, longas estradas retilíneas sobre o solo arenoso, haviam sido alteradas, particularmente alguns atalhos. A terra estava revolvida. Havia o confronto com a ideia de limite ao serem ultrapassadas certas barreiras construídas como limites de propriedade.

C7.E - Vale de Marmelos, Palmela - 38º35’51.42”N / 8º52’10.76”W - 11.12.2013_12:15

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Pedra Bulideira — Tronco

[pst 125] Existem várias em diversos locais do País; no entanto, talvez seja esta a mais conhecida. É a Pedra Bulideira e situa-se perto da estrada que liga Chaves a Vinhais. Este enorme penedo arredondado, partido em dois e como que pousado sobre um outro, é conhecido por oscilar quando empurrado. Vem gente de longe para movimentar este enorme rochedo de granito.
Pedra Bulideira — Tronco. Chaves. 14 de maio de 1996

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Alto do Rio Mau — Planalto de Bentozelo

[pst 124] Devido à sua situação geográfica e a um clima de características continentais, os invernos são rigorosos em Trás-os-Montes. Todos os anos, as serras mais elevadas, como a do Alvão, Marão ou Montesinho, recebem a neve que acentua ainda mais o isolamento deste território.


Alto do Rio Mau — Planalto de Bentozelo. Mondim de Basto. 28 de janeiro de 1996

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Interpretar um ponto

[permanecer inexistente_04] A metodologia seguida assentava na impressão em papel dos pontos dados a partir de imagens de satélite. Implantava esses pontos em cartas topográficas e, com os vários elementos, seguia para o terreno. Não levava um aparelho de GPS, mas a exatidão do "encontro" era, na maior parte dos casos de uma assombrosa precisão. De qualquer forma a ideia de rigor, procurada, tinha sempre um papel relativo. Os dados prévios de uma posição, deixavam a liberdade de apontar a câmara fotográfica numa qualquer direção. O objetivo nem sequer era o de representar um ponto, era o de interpretar esse ponto, uma possível vista a partir dele, uma reflexão sobre a paisagem, sobre o território humano, sobre a fotografia, a representação do espaço, sobre a comunicação, a partilha de informação, sobre algumas impossibilidades. Para cada ponto fazia um conjunto mais ou menos diversificado de fotografias. E quais, qual, escolher depois? O objetivo não era o de selecionar a melhor fotografia de cada ponto, tarefa, aliás, de uma enorme relatividade, mas procurar um conjunto de 12 fotografias que pudessem, de alguma forma, contar uma história, dar conta de uma experiência, revelar as franjas de um mundo tão sedutor, quanto complexo. Propor um olhar, interpretar um conceito.

C7.D - Santa Justa, Évora - 38º43’3.42”N / 7º50’18.56”W - 20.12.2013_12:17

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Campos agrícolas — Castelo de Rebordãos

[pst 123] A variedade de espécies vegetais, cultivadas e espontâneas, e a alternância do solo arado com os pousios, conferem ao solo transmontano uma das suas singularidades e um reduto de um mundo rural tradicional em constante mutação.

Campos agrícolas — Castelo de Rebordãos. Bragança. 15 de maio de1996

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Senhora da Serra — Serra do Marão

[pst 122]
Ó Serra das divinas madrugadas,
Das estrelas, das nuvens e do vento
E das águias enormes, chamuscadas
Do sol e dos relâmpagos vermelhos!
Ó trágico Marão!  Ó serra esfíngica,
De muda e dolorosa face humana,
Com a cauda ondeante sobre o Minho
E as garras sobre a terra transmontana!
                                  
                 Teixeira de Pascoaes, Sombras.

A serra do Marão, pela sua localização e altitude, constitui a referência paisagística mais importante do território transmontano. No seu ponto culminante localiza-se a capela da Sr.ª da Serra. É um lugar mágico e o seu carácter telúrico é referência sempre presente na obra de Teixeira de Pascoaes que, como ninguém, habitou esta montanha.
Senhora da Serra — Serra do Marão. Santa Marta de Penaguião.  20 de agosto de 1994

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Da rebentação das ondas

[permanecer inexistente_03] Começara a viagem nas proximidades de Lisboa, na rebentação das ondas na praia da Mata, na Costa de Caparica. A aparente frieza de um conceito de partida era ali desfeita nas águas frias do oceano de uma manhã de dezembro. Para onde apontar a câmara fotográfica? Esta seria a questão recorrente, nos vários locais. Um certo determinismo de fixação dos pés no solo, sobre o ponto, salvaguardadas e respeitadas as margens de erro, era ali quebrado pelo dinamismo da superfície líquida em movimento. Havia também uma rápida transformação atmosférica naquele raiar da aurora, onde as nuvens iam assumindo, céleres, formas sempre diferentes. As próprias cores do firmamento perdiam velozmente o tom rosáceo, para se assumirem como predominantemente azuis; um azul esmaecido por uma névoa que se apresentava com uma materialidade difícil de definir. Uma série de ideias de partida ficavam naquelas ondas. Havia agora a promessa de um desafio enorme onde nada, por certo, se iria repetir. Havia uma enorme vontade de percorrer todos os restantes onze pontos na expectativa de ir ao encontro, em cada um deles, uma forma nova de olhar. Havia uma surpresa em cada ponto, motivada por essa sensação de descoberta, de ser ali, mesmo que esse "ali", fosse uma construção com um acentuado pendor irracional. Avançaria, sucessivamente, para pontos mais afastados, limites geométricos da bacia do Tejo. Complexo montanhoso da Lousã, Romanillos de Atienza, Igrejinha, perto de Arraiolos. Finalmente o Tejo, perto do Bugio. Os itinerários estavam traçados.

C7.C - Balsa del Vallejo, Guadalajara - 41º17’24.14”N / 2º52’43.55”W - 18.12.2013_17.44

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Virgem e o Menino, Igreja de S. Facundo — Vinhais

[pst 121] Vinhais não é um povoado muito antigo. Houve diversas tentativas para povoar esta área sita entre Chaves e Bragança, mas só em 1253 é outorgado, por D.Afonso III, o primeiro Foral a Vinhais. A Igreja de S. Facundo, hoje situada no interior do cemitério, deverá ter sido construída em finais do século XIII. Na sua fachada principal encontram--se dois conjuntos de figuras em alto relevo. Embora de identificação e interpretação difícil, a representação do lado esquerdo do portal parece ser da Virgem e do Menino segurando um livro, acompanhados por um anjo.

Virgem e o Menino, Igreja de S. Facundo — Vinhais. 4 de setembro de 1990

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Meroicinha — Serra do Alvão

[pst 120] Ao contrário do Marão, que se ergue abruptamente da paisagem envolvente em encostas escarpadas, a serra do Alvão, mais extensa que a anterior, é marcada por declives mais suaves e o seu cume é planáltico. Integra um alinhamento de vales, que isola o território transmontano das terras onde se sente o ar atlântico. Do seu alto, é percetível, em dias de boa visibilidade, uma sucessão de rios afluentes do Douro, com desenvolvimento paralelo a estas duas serranias e com a direção predominante nordeste-sudoeste. Marcam toda a estrutura da paisagem transmontana.

Meroicinha — Serra do Alvão. Vila Real. 31 de agosto de 1990

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Limite em pontos

[permanecer inexistente_02] Fotografar um conjunto de pontos determinados geometricamente a partir de um conceito geográfico. O desafio era relativamente simples. A partir de Lisboa traçar um conjunto de linhas cardeais e, na interseção destas com os limites da bacia hidrográfica do Tejo, admitindo algumas variações e desvios, definir pontos. Fazer as fotografias nesses pontos.

C7.B - Povorais, Góis - 40º5’20.07”N / 8º7’17.01”W - 16.12.2013_12:04
 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sete Círculos

[permanecer inexistente_01] Alguns dos posts que irão ser apresentados referem-se ao projeto “Sete Círculos”, da autoria de Pedro Campos Costa e Eduardo Costa Pinto. Este trabalho visa, entre outros objetivos, questionar os limites da cidade contemporânea, tomando como exemplo Lisboa. O conceito do projeto tem por base vários círculos concêntricos imaginários. A partir de um ponto central foram traçadas radiais. Nos pontos de interceção dos círculos com as radiais foram definidos os locais a fotografar: uma única fotografia por ponto. O livro conta com a colaboração de vários autores. Foi-me proposta a realização das fotografias do sétimo círculo, o mais afastado. 
«Os “Sete Círculos” têm a pretensão de ser mais que um livro. Será também um conjunto de exposições de fotografia e de vários debates no território nacional, e isso é o pretexto para criar o debate e contribuir para ele. Pensar, olhar, investigar, descobrir, especular e criar novas perspetivas sobre os limites das cidades. Não só desta realidade urbana, mas de tantas outras que parecem condenadas às normativas e ao vocabulário apertado, à ditadura do “sempre foi assim”, ao peso da história que nos cega, ou ao economicamente útil e politicamente mais correto. Debater os limites é também perceber como autarquias, que têm limites administrativos vizinhos podem ser atravessadas por diversos elementos: pela água, pela topografia, pelas necessidades de mobilidade ou mesmo por simples novas narrativas que criem outras perspetivas de desenvolvimento conjunto. Nada de novo e de uma enorme banalidade, mas de uma enorme importância, se esses obstáculos que existem no dia a dia não os conseguirmos ultrapassar». “Os Limites de Lisboa” texto de Pedro Campos Costa na introdução de “Sete Círculos”.

C7.A - Vila Seca, Torres Vedras - 39º7’13.86”N / 9º9’0.13”W - 12.12.2013_09:08

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Foz do rio Cávado

[pst 119] Ao mar chegam as águas dos rios caudalosos da paisagem minhota, provocando correntes inesperadas junto à sua foz. Eram pontos sensíveis para a navegação e, simultaneamente, uma porta de acesso da pirataria, às povoações. Nos montes próximos, existiam atalaias ou fortificações para vigiar esta orla marítima, para alertar os povoados da chegada de saqueadores que, de tempos a tempos, subiam os rios.

Foz do rio Cávado — Esposende. 16 de dezembro de 1996

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Fonte do Ídolo — Braga

[pst 118] O acesso é feito pela rua do Raio. Passamos um portão, descemos uma escada e deparamos com a Fonte do Ídolo. É um santuário rupestre do período romano consagrado por Célico Frontão ao deus Tongoenabide. As figuras foram esculpidas na parede rochosa. Esta divindade que protege a fonte é um dos mais antigos vestígios construídos da cidade de Braga.

Fonte do Ídolo — Braga. 15 de dezembro de 1995