[permanecer inexistente_04] A metodologia seguida assentava na impressão em papel dos pontos dados a partir de imagens de satélite. Implantava esses pontos em cartas topográficas e, com os vários elementos, seguia para o terreno. Não levava um aparelho de GPS, mas a exatidão do "encontro" era, na maior parte dos casos de uma assombrosa precisão. De qualquer forma a ideia de rigor, procurada, tinha sempre um papel relativo. Os dados prévios de uma posição, deixavam a liberdade de apontar a câmara fotográfica numa qualquer direção. O objetivo nem sequer era o de representar um ponto, era o de interpretar esse ponto, uma possível vista a partir dele, uma reflexão sobre a paisagem, sobre o território humano, sobre a fotografia, a representação do espaço, sobre a comunicação, a partilha de informação, sobre algumas impossibilidades. Para cada ponto fazia um conjunto mais ou menos diversificado de fotografias. E quais, qual, escolher depois? O objetivo não era o de selecionar a melhor fotografia de cada ponto, tarefa, aliás, de uma enorme relatividade, mas procurar um conjunto de 12 fotografias que pudessem, de alguma forma, contar uma história, dar conta de uma experiência, revelar as franjas de um mundo tão sedutor, quanto complexo. Propor um olhar, interpretar um conceito.
C7.D - Santa Justa, Évora - 38º43’3.42”N / 7º50’18.56”W - 20.12.2013_12:17 |
Sem comentários:
Enviar um comentário