sábado, 7 de outubro de 2023

Marinha Grande

[pst 479] No sítio da Marinha Grande devia existir um pequeno povoado quando, em 1769, Guilherme Stephens construiu uma fábrica de vidro. Outras se seguiriam, como a da Ivima, que contribuiram para um desenvolvimento acelerado decorrente de uma industrialização progressiva. Em 1892 é elevada a vila, por carta de foral entregue pelo rei D. Carlos. Já no tempo da República, em 1917, é-lhe confirmado o estatuto de município.

Fábrica de vidros Ivima — Marinha Grande. 15 de agosto de 1996

 

Aljubarrota

[pst 472] A tradição fantasista do século XVII afirma ter sido cidade. No final do século XIV, Aljubarrota devia ser o povoado mais importante das imediações, uma vez que foi ela que deu nome ao confronto travado a cerca de 12 km, a nordeste. Segundo a lenda e uma lápide colocada ao lado do portal, na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, aqui teria rezado D. Nun' Álvares Pereira, antes de partir para o campo de batalha.

Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres — Aljubarrota.  10 de maio de 1996

 

Campo da batalha de Aljubarrota

[pst 471] A capela de S. Jorge foi mandada construir pelo condestável D. Nun' Álvares Pereira após a vitória e no local onde se dera a batalha de Aljubarrota. Agora, no sítio onde ocorreu um dos momentos mais significativos da história de Portugal, elementos construídos para evocar tal acontecimento e árvores que aí foram plantadas, perturbam a leitura de um espaço que foi determinante para o sucesso das hostes portuguesas no dia 14 de Agosto de 1385.

Campo da batalha de Aljubarrota — S. Jorge. Porto de Mós.  1 de maio de 1996

 

Forte de São Vicente

[pst 470] O forte de S. Vicente integra o conjunto de cento e cinquenta fortificações que constituem as Linhas de Torres, construídas num curto espaço de tempo, e erguidas à base de trincheiras e parapeitos de terra e pedras, com aberturas para a artilharia. Em 1810 as tropas napoleónicas só se aperceberam da sua presença quando as avistaram, não ousando atravessá-las. A sua função de defesa avançada de Lisboa fora conseguida, e a terceira e última das invasões francesas, malograda. O forte de S. Vicente foi restaurado em 1960 para perpetuar a memória de um acontecimento bélico e uma grandiosa obra de engenharia militar.

Forte de São Vicente — Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

Leiria

[pst 469] A sua história durante o período da Reconquista é a história dos avanços e recuos das tropas cristãs contra os mouros. Leiria foi elevada à categoria de cidade no ano de 1545, tendo contribuído para tal Frei Brás de Barros, primo do humanista João de Barros, grande impulsionador do desenvolvimento da cidade. Aqui nasce, cerca de 1580, o poeta e prosador Francisco Rodrigues Lobo, que canta nos seus versos os rios Lis e Lena, e se lamenta da sujeição de Portugal a Espanha. No cume de um morro, sobranceiro ao rio Lis, ergue-se o castelo e o Paço Real, que hoje dominam a urbanização circundante.

Leiria. 1 de maio de 1996

 

Alcobaça

[pst 468] Do morro em que se encontra o castelo arruinado avistamos a dimensão grandiosa da abadia de Santa Maria de Alcobaça; domina todo o conjunto urbano. A abadia foi criada em 1152 ou 1153, mas as obras só foram iniciadas em 1178. A igreja foi sagrada em 1252, mas o conjunto da obra ainda não devia estar concluído nesta data. Sofreu sucessivas intervenções ao longo do tempo, e uma fachada remodelada não deixa advinhar do exterior a impressionante austeridade e a nudez do interior da nave, realizada de acordo com os cânones arquitectónicos da Ordem de Cister. É um dos mais prestigiados lugares sacros de Portugal, um dos mais notáveis, grandiosos e originais espaços da sua arquitectura. Aí se encontram além dos de Afonso II e Afonso III, os túmulos de Pedro e Inês, notável obra de escultura para a perpetuação de uma relação amorosa que atravessa os séculos desde a Idade Média até aos nossos dias e que marcou tão profundamente o imaginário português.

Alcobaça. 10 de maio de 1996

 

Mafra

[pst 467] Por decreto de 26 de Novembro de 1711, D. João V, com o ouro que chegava do Brasil, concede autorização para o início da construção, na vila de Mafra, de um convento dedicado a Santo António. O arquitecto germânico, João Frederico Lodovice é encarregue do projecto da obra. Cerca de 1770 fica concluído um edifício colossal e desintegrado de toda e qualquer tradição de edificar em Portugal. É hoje uma referência visual extremamente forte da paisagem em que se insere.

Mafra. 15 de janeiro de 1997

 

Consolação

[pst 466] O Forte de Nossa Senhora da Consolação situa-se no extremo de um promontório que avança sobre o mar, ao sul de Peniche. No lado oposto do terreiro, que dá acesso à fortificação, está construída a igreja paroquial em torno da qual se desenvolve o núcleo antigo da aldeia. O nome do Forte contrasta cruelmente com a função que ele desempenhou durante o regime ditatorial do Estado Novo.

Consolação. Peniche. 28 de junho de 1994

 

Óbidos

[pst 465] O declínio de Óbidos começa com o desenvolvimento das Caldas da Rainha, onde as termas atrairiam cada vez mais gente. O estado íntegro de conservação do núcleo urbano e de uma arquitectura vinda dos tempos medievais, resulta deste esquecimento e redescoberta posterior, quando as questões relacionadas com a defesa do património histórico começavam a ganhar forma em Portugal.

Óbidos. 9 de maio de 1996

 

Porto de Mós

[pst 464] A serra dos Candeeiros desenvolve-se linear, paralelamente à linha de costa. Na sua extremidade, a norte, num local de passagem fácil entre o litoral e as terras de interior pela depressão de Mira-Minde que atravessa o maciço calcário, está localizada a vila de Porto de Mós. À beira do rio Lena, sobre uma proeminência, foi construído um castelo que, ao longo dos séculos, seria alvo de sucessivas destruições e reconstruções. Hoje visível está a reconstrução, feita em meados do século XX, de um paço fortificado do século XV.

Cemitério e Castelo — Porto de Mós. 1 de maio de 1996

 

Ourém

[pst 463] A aldeia de Mulher Morta está localizada no sopé de um morro elevado, cujo topo é coroado pelo burgo antigo de Ourém Velha. Este lugar entrou em decadência após o terramoto de 1755, quando a destruição parcial do local levou a população a debandar para a aldeia da Cruz — mais tarde sede de concelho com o topónimo de Vila Nova de Ourém —, situada a 2 km do antigo povoado. A urbanização mantém no essencial do traçado medieval e o Paço dos Condes de Ourém é a mais grandiosa residência senhorial do século XV português.

Mulher Morta — Ourém. Vila Nova de Ourém. 3 de maio de 1996

 

Milagres

[pst 462] Milagres é uma povoação relativamente recente, que se desenvolveu a partir do início da construção da igreja em 1732. No local, segundo a lenda, deu-se um milagre realizado pelo Senhor Jesus de Aveiro, que atraiu numerosos devotos. A igreja paroquial, com projecto de José da Silva e seu filho Joaquim da Silva, ainda não estava concluída em 1769. De linhas barrocas, a sua escala contrasta com o casario raso que a circunda.

Igreja — Milagres. Leiria. 2 de maio de 1996

 

Sobral do Monte Agraço

[pst 461] Em torno de um largo estão dispostos os edifícios mais importantes da vila de Sobral de Monte Agraço: a igreja matriz e a câmara municipal. Um fontanário integra ainda este conjunto urbano, bem como o coreto, que nos remete para outra dimensão temporal, de uma vivência social desaparecida.

Sobral do Monte Agraço. 15 de janeiro de 1997

 

Chafariz dos Canos — Torres Vedras

[pst 460] O chafariz dos Canos já existia em 1331, tendo sido beneficiado pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel. Singelo, de escala equilibrada e desenho sóbrio, está hoje rodeado por edifícios altos, estranhos ao tempo da sua construção.

Chafariz dos Canos — Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

Chafariz — Arruda dos Vinhos

[pst 459] A povoação de Arruda dos Vinhos, com o seu termo e o seu castelo, de que já não existem vestígios, foi dada por D. Afonso Henriques à Ordem de Sant´ Iago de Espada. É dos municípios mais antigos do País. O monumental chafariz da vila, de face barroca, foi construído no ano de 1789.

Chafariz — Arruda dos Vinhos. 15 de janeiro de 1997

 

Igreja de S. Leonardo — Atouguia da Baleia

[pst 458] O topónimo de Atouguia deriva, talvez, de Touguia ou Touria — recinto de touros. Existem ainda no lugar vestígios daquele que é considerado o mais antigo recinto de touros em Portugal e que foi mandado construir pelos Atouguias, senhores da terra. Embora hoje esteja isolado do mar, foi em tempos passados vila portuária de alguma importância, durante os reinados de D. Fernando e D. Pedro I. A igreja de S. Leonardo, da transição do estilo românico para o gótico, é uma memória desses tempos de grande riqueza e actividade.

Igreja de S. Leonardo — Atouguia da Baleia. Peniche.  3 de maio de 1994

 

Convento de Santo António — Varatojo

[pst 457] O convento franciscano de Varatojo está intimamente ligado à memória de D. Afonso V, que ordenou a sua fundação como resposta à promessa feita a Santo António, em consequência do sucesso tido na conquista do Norte de África. Seria o próprio rei a lançar a primeira pedra em 1470. O convento passaria discretamente pela extinção das ordens religiosas decretada em 1834. Foi comprado na altura por Feio de Magalhães Coutinho, fidalgo minhoto, passando depois para as mãos do padre Joaquim, antigo monge que convidou companheiros a residir no convento, sendo assim a casa religiosa poupada ao confisco dos seus bens.

Convento de Santo António — Varatojo. Torres Vedras.  8 de maio de de 1996

 

Lourinhã

[pst 456] Situava-se no interior das muralhas do castelo da Lourinhã onde existira, primitivamente, uma igreja românica. O templo actual é um exemplar significativo da arquitectura gótica do século XIV, particularmente no que respeita à escultura deste período. A sua fundação é atribuída ora a D. Lourenço, arcebispo de Braga, partidário do Mestre de Avis e combatente de Aljubarrota — batalha que descreveu em cartas —, ora a João das Regras, notável legista, que teve também um importante papel na crise dinástica de 1383-1385 ao tomar o partido do Mestre de Avis, nas cortes de Coimbra de 1385. Ambos eram naturais da Lourinhã.

Igreja — Lourinhã. 9 de maio de 1996

 

Anta-capela — Alcobertas

 [pst 455] Uma anta existente no sopé da serra dos Candeeiros foi transformada em capela lateral da igreja paroquial. Foi-lhe construída uma cobertura em telha, fechados os vazios entre os esteios, e o primitivo corredor manteve essa função de ligação ao interior da câmara, agora feita pelo interior da nave da igreja. É um dos vários monumentos megalíticos transformado em espaço do culto cristão, existente em Portugal.

Anta-capela — Alcobertas. Rio Maior. 1 de maio de 1996

 

Convento — Serra de Montejunto

[pst 454] O cume da serra de Montejunto, ou serra da Neve, teve um povoamento antigo. No século XII os frades dominicanos fundaram um convento; numa depressão sombria da vertente norte nas suas imediações abriram tanques pouco profundos unidos por passagens estreitas. Embora a serra não seja muito alta (666 metros de altitude), nas noites frias de Inverno os frades recolhiam o gelo formado nos tanques. Posteriormente armazenavam-no em revestimento de palha. Assim se conservava até ao Estio. Sendo então transportado para a Corte, em Lisboa.

Convento — Serra de Montejunto. Alenquer. 13 de janeiro de 1997

 

Convento de Penafirme, Póvoa de Penafirme

[pst 453] Do antigo convento de Penafirme, de eremitas de Santo Agostinho, restam hoje ruínas. Situava-se próximo da praia de Santa Rita, na margem da ribeira do Sorraia e uma das suas funções era vigiar as temidas investidas de piratas. Foi tomado pelas areias. Novas instalações do convento foram entretanto construídas a salvo do avanço das dunas, nas imediações da Póvoa de Penafirme.

Convento de Penafirme, Póvoa de Penafirme. Torres Vedras.  9 de maio de 1996

 

Capela de São Salvador, São Quintino

[pst 452] 15 de janeiro de 1997. As paredes da capela de S. Salvador apresentam diversas reconstruções que terão sido levadas a cabo no decorrer de um tempo longo. A sua fundação é provavelmente do século XIII. Há muito desacralizada, foi durante a segunda metade do século XIX transformada em lagar. O lugar está hoje abandonado e a capela em ruínas.

Capela de São Salvador, São Quintino. Sobral do Monte Agraço


 

Picanceira. Mafra

[pst 451] No inquérito à Arquitectura Popular em Portugal, editado em 1961 pelo sindicato dos arquitectos, este edifício prendera a atenção da equipe do arquitecto Nuno Teotónio Pereira. ..."constitui um valioso e invulgar exemplo de habitação rural colectiva, digno de ser realçado, o conjunto de casas para trabalhadores agrícolas existentes na Picanceira, arredores de Mafra, e denominado «casas dos ilhéus». O conjunto, assim chamado por serem naturais das ilhas os seus primeiros ocupantes, impressiona pelo significado social que encerra e pela excelente materialização da ideia que lhe deu origem, expressa através da organização e equipamento de cada fogo, da sua adaptação ao terreno e do expressivo jogo volumétrico conseguido através da repetição dos elementos que compõem o módulo habitacional".

Picanceira. Mafra. 17 de janeiro de 1997

 

Fornos de cal, Runa

[pst 450] Pela cozedura da pedra calcária a altas temperaturas, em fornos adequados, obtém-se a cal viva. O tratamento desta matéria dará origem a produtos utilizados na construção, como sejam diversos tipos de argamassas, ou a vulgarmente designada cal, que tornará branca a fisionomia dos povoados do Sul do país. As formas tradicionais de produção de cal, constituídas por fornos nas imediações das pedreiras, foram substituídos por processos industriais.

Fornos de cal, Runa. Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

Castro do Zambujal

[pst 449] O castro do Zambujal situa-se a 3 km de Torres Vedras, num morro sobranceiro à ribeira de Pedrulhos, a pouca distância da sua confluência com o Sisandro. O lugar, cuja ocupação remonta aproximadamente a 2500 anos antes de Cristo, é considerado dos mais notáveis do início da era dos metais em Portugal. Foi habitado cerca de 900 anos. Ao longo de sucessivas gerações  foram construídos e reconstruídos os diversos espaços que integram o complexo arqueológico. Entre o espólio recolhido encontram-se objectos oriundos do Mediterrâneo Central e Oriental.

Castro do Zambujal. Torres Vedras. 8 de maio de 1996

 

São Martinho do Porto

[pst 448] É o último vestígio de um golfo, consideravelmente maior, que abrigava vários portos. O assoreamento desta área, em tempos históricos, fez recuar o mar até à definição actual da concha de S. Martinho. S. Martinho do Porto foi couto de Alcobaça, teve carta de Foral em 1518, foi sede de concelho, tendo sido este suprimido em 1855. O seu porto abrigou uma notável indústria de construção naval, alimentada pelos pinheiros da região de Leiria.

São Martinho do Porto. Alcobaça. 11 de setembro de 1994

 

Lagoa da Ervedeira

[pst 447] É a área dos vastos pinhais de litoral. Esta área de pinhal litoral tem como coração o Pinhal de Leiria, que já devia existir quando o rei D. Dinis intensificou as sementeiras. Mais tarde seria daqui colhida a madeira para a construção das naus e caravelas que zarparam do litoral português na procura de novos mundos, na época dos Descobrimentos. Este vasto pinhal isola em grande parte as actividades desenvolvidas na Estremadura do oceano limitrofe.

Lagoa da Ervedeira — Pinhal do Urso. Leiria. 15 de agosto de 1996

 

Vinha, Vila Verde dos Francos

[pst 446] À excepção de uns poucos focos industriais, são as actividades rurais, em que a vinha tem uma presença significativa, que caracterizam a paisagem humanizada da região. Uma policultura complexa, explorações em geral pequenas, e campos em geral abertos, conformam a imagem de um solo estremenho dividido por muros de pedra calcária, sebes vivas arbustivas ou de canaviais, ou renques de árvores.

Vila Verde dos Francos. Alenquer. 13 de janeiro de 1997


 

Calçada romana de Catribana

[pst 445] Uma calçada antiga, próximo da Catribana pouco a sul da Assafora, poderá remontar à época romana. Não era certamente um eixo privilegiado de circulação, mas é um dos vestígios antigos de uma região de múltiplos caminhos.

Calçada romana de Catribana. Sintra. 17 de janeiro de 1997

 

Serra dos Candeeiros

[pst 444] "O principal traço de originalidade da Estremadura está nos maciços calcários onde se encontram belos traços de todas as formas cársicas. Nestes relevos ainda imponentes geralmente formados por anticlinais cortados de grandes falhas, penetra uma cunha de chuvas abundantes; mas a água some-se pelas fendas da rocha descarnada e uma vegetação mediterrânea de carrasco, lentisco, zambujeiro e ervas perfumadas cobre o solo de tufos intermitentes". (Orlando Ribeiro — Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico).

Serra dos Candeeiros, Arrimal. Porto de Mós. 6 de novembro de 1993

 

Penedo do Lexim, Cheleiros. Mafra

[pst 443] O Penedo do Lexim constitui uma das marcas, neste território, de uma actividade vulcânica há muito extinta. É uma antiga chaminé basáltica onde a proeminência do lugar que domina uma vasta paisagem, levou à fixação de comunidades humanas a partir do Calcolítico. Foi também encontrado no local espólio dos períodos da metalurgia do Bronze e do Ferro que testemunham a continuidade da ocupação.

Penedo do Lexim, Cheleiros. Mafra. Abril de 1991

 

Serra do Bouro. Caldas da Rainha

[pst 442] Um litoral de mar agitado e muito batido pelo vento, bem como a raridade de abrigos naturais, não oferece condições para a fixação de comunidades de pescadores. Antigos portos perderam-se e a região voltou as costas ao mar. Na serra do Bouro, localizada a norte da Foz do Arelho, encontramos os declives mais íngremes e acentuados desta orla marítima.

Serra do Bouro. Caldas da Rainha. 10 de maio de 1996

 

Moinho da Mascote, Runa. Torres Vedras

[pst 441] Numerosos, situados nos cabeços de um litoral muito batido pelo vento, os moinhos de vento eram um dos traços peculiares da paisagem humanizada da terra estremenha. São geralmente construídos em alvenaria de pedra e as suas velas em giração constituíam um elemento dinâmico da paisagem rural. Os púcaros de barro e as cabaças, dispostas nos tirantes, adicionavam a este movimento vigoroso uma dimensão sonora. Foram, entretanto, substituídos por sistemas eléctricos de moagem dos cereais. Hoje a sua ruína ocupa um antigo espaço de vida.

Moinho da Mascote, Runa. Torres Vedras. 8 de maio de 1996