quinta-feira, 3 de abril de 2014

Luísa Correia Pereira

Luísa Correia Pereira. Pesca Desportiva, técnica mista s/papel arches. 1998
Em 2004 em resposta a um pedido da Fundação Ilídio Pinho, para o projeto Anamnese, escrevi um pequeno texto sobre a pintura de Luísa Correia Pereira. Agora, numa exposição inaugurada no dia 1 de abril na Galeria Ratton, em Lisboa, volto a surpreender-me com o seu trabalho, onde um imaginário inesgotável se exprime com uma força que não pode deixar de impressionar. "A pintura de Luísa Correia Pereira, executada sobre tela, ou aguarela sobre papel, revela uma dimensão de enorme perplexidade e espanto face a um mundo próprio: é a singular construção de um sentido, de enorme expressividade, de uma aparente desarmante simplicidade na representação de formas coloridas, signos, desenhos de um todo que parecem convocar o sagrado. Caminha, sem retorno possível, sobre um limbo: um percurso que tem tanto de difícil e arriscado, como de um irrecusável belo e fascinante mundo de fragmentos, de um novo lugar para habitar, ou um tempo não trilhado. Luísa Correia Pereira, com uma força estranha e poderosa, desenha  um mundo que nos é próximo e distante, lúcido e crítico, cru e terno. Linguagem que é, por fim, um monólogo sobre o humano, sobre uma inesgotável capacidade de inventar, sobre as perplexidades e contradições de um quotidiano surpreendente. Convida-nos para a viagem alucinada e descontínua a todas as idades das nossas vidas, desde o momento actual que vivemos, à mais remota e desconhecida infância."




quarta-feira, 2 de abril de 2014

Passador

Todas as quinze fotografias que se seguem foram feitas em Viseu,no dia 2 de abril de 2014, entre as 19h46 e as 20h10.
Sem ser apreciador da escrita diarística, hoje ao sair à rua, ao fim da tarde, faz uma série de fotografias, com o telemóvel, do local onde se encontrava ou do curto percurso, entre casa e um supermercado. Havia uma compra que não podia ser adiada devido a uma atividade gastronómica momentânea. Fora comprar um passador e regressava à cidade infinita depois de alguns meses em territórios vagos, outras paisagens.