segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Caminhar antigo

Terreiro do Paço. 20 de novembro de 2013

Há mais de vinte e cinco anos quando estudava em Lisboa e, vivendo em Queluz, tinha que apanhar o comboio em dias de greve de transportes, pensava que um dia faria aquele percurso a pé. Entretanto libertava-me para as grandes caminhadas pedestres pelas serras portuguesas, mas fui deixando o itinerário urbano para mais tarde. Na quarta-feira passada, dia 20 de novembro, não havia greves na CP, mas não quis apanhar o comboio. Saí do Terreiro do Paço por volta das 18h15 e cheguei ao Monte Abraão duas horas e meia depois. Caminhara cerca de 15 quilómetros. Estava cumprido um desejo antigo. Gosto muito de comboios, gosto mais de caminhar.
Monte Abraão. 20 de novembro de 2013

domingo, 3 de novembro de 2013

Identificar

Etiqueta e assinatura da moldura/caixa. Queluz. 2005

[suporte 33] O processo de fabricação das molduras termina com a colagem de etiqueta identificadora. Como numa outra fotografia, também aqui devemos informar a fotografia com a sua ficha técnica. Por vezes pode ser interessante adicionar outros elementos, como fotografias ou textos, o que leva a uma maior personalização do objeto, a uma maior singularidade.

Etiqueta e assinatura da moldura/caixa. Queluz. 2005

Etiqueta e assinatura da moldura/caixa. Queluz. 2005

sábado, 19 de outubro de 2013

Orifícios

Pequenos cartões para reforço do orifício de fixação à parede. Queluz. 2005

[suporte 32] Colagem, quando necessário, de pequeno cartão de reforço da estrutura, para apoio na fixação à parede. A aplicação de reforços estruturais tem aqui um carácter intuitivo, relacionado com as dimensões e peso das molduras. Quando as soluções são críticas, com maior probabilidade de alguma coisa correr mal, deverão ser feitos testes com algum tempo de antecedência.

Pequenos cartões para reforço do orifício de fixação à parede. Queluz. 2005

Pequenos cartões para reforço do orifício de fixação à parede. Queluz. 2005

Pequenos cartões para reforço do orifício de fixação à parede. Queluz. 2005

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Fecho

Fecho da parte traseira da moldura. Queluz. 2005

[suporte 31] remate do forro na parte traseira da moldura através da simples dobra e colagem. Seguir-se-à o fecho total da parte traseira da fotografia. Este tipo de remate, embora não visível quando a fotografia se encontra em exposição, é importante pois confere unidade de acabamento a todo o conjunto.

Fecho da parte traseira da moldura. Queluz. 2005

Fecho da parte traseira da moldura. Queluz. 2005

Fecho da parte traseira da moldura. Queluz. 2005

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Remate das ilhargas

Remate das ilhargas. Queluz. 2005
[suporte 30] Voltamos agora, e só neste momento, à continuação do remate, e corte de ajustamento, do papel de forro das ilhargas e costas da fotografia. Após este passo as faces visíveis da moldura ficam acabadas. Há um detalhe que deverá ser tido em conta. A aplicação de cola na pequena badana que faz a dobra da espessura da moldura. Este detalhe evita que fique visível o cartão de poliuretano, ou outro se for o caso.

Remate das ilhargas. Queluz. 2005

Remate das ilhargas. Queluz. 2005

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Travamento

Peças de travamento da caixa da fotografia. Queluz. 2005

[suporte 29] colocação e colagem das peças de travamento da caixa da fotografia, o que permitirá a fixação definitiva deste elemento à estrutura da moldura. Este passo é muito importante para garantir a estabilidade de toda a moldura e evitar que haja algum deslize com da fotografia, ao longo do tempo.

Caixa da fotografia com peças de travamento. Queluz. 2005

Caixa da fotografia com peças de travamento. Queluz. 2005

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Forro da caixa

Papel de forro da caixa da fotografia. Queluz. 2005

[suporte 28] Depois de o vidro estar cuidadosamente limpo - até esta fase ainda poderia ser removido da moldura - e colocadas as peças da caixa, é então colocada a fotografia sobre estas últimas peças. Após todos esses três elementos estarem corretamente posicionados, é aplicado um papel de forro, previamente cortado e vincado, que servirá de selagem da caixa da fotografia. Este papel será colado apenas à parte traseira do painel frontal da moldura. Mestre momento a caixa, contendo a fotografia, ainda está um pouco solta, com uma margem de oscilação, que só será travada no passo seguinte.

Papel de forro da caixa da fotografia, vincado e dobrado. Queluz. 2005

Parte de trás da moldura antes da aplicação do forro. Queluz. 2005

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Colar a fotografia

Corte da margem da fotografia, antes da colagem. Queluz. 2005
[suporte 27] colagem da fotografia em suporte, quando necessário. Quando as fotografias são de reduzida dimensão, poderá não ser necessário este passo, dependendo também da gramagem e tipo de papel em que está impressa a fotografia. Há hoje uma enorme diversidade de tipos de papel onde podem ser imprimidas as imagens fotográficas.

Corte da margem da fotografia, antes da colagem. Detalhe. Queluz. 2005

Queluz. 2005

Queluz. 2005

Fotografia colada em suporte. Queluz. 2005

sábado, 12 de outubro de 2013

Caixa de ar

Elementos da caixa de ar. Queluz. 2005
[suporte 26] Colocação das peças que fazem a caixa de ar de afastamento entre o vídeo e a fotografia. Estes elementos, a sua altura, é variável, conforme o efeito pretendido, de maior ou menor recuo da imagem em relação à face frontal de moldura. Tal como o vidro, estas peças, coladas entre si, não são coladas nem ao vidro, que vão prensar, nem à fotografia.

Elementos da caixa de ar antes do forro com papel branco. Queluz. 2005

Elementos da caixa de ar tipo A após o forro. Queluz. 2005

Elementos da caixa de ar tipo B, durante o forro. Queluz. 2005

Forro dos elementos tipo B. Queluz. 2005

Elementos tipo A da caixa de ar. Queluz. 2005

Caixas de ar empilhadas, durante a colagem das arestas. Queluz. 2005

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vidro

Início de dobra. Queluz. 2005

[suporte 25] Colocação de vidro prensando o papel em dobra. O vidro ficará solto, mas encaixado no recorte cortado especificamente para o receber. Há um pequeno detalhe que não poderá ser descorado. Nos cantos da espessura interior da janela da moldura, deverão ser coladas, cuidadosamente pequenas tiras de papel para evitar que fique visível a espessura do cartão quando é feita a dobra do papel, cortado à meia esquadria, para o interior da caixa, que vai receber o vidro.

Detalhe de fio de cola antes de proceder à dobra. Queluz. 2005

Dobra. Queluz. 2005

Colocação do vidro. Queluz. 2005

Remoção de excesso de papel após colocação do vidro. Queluz. 2005
Detalhe da espessura do cartão antes da dobra do forro da moldura. Queluz. 2005

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Primeiro forro

Corte e disposição do papel de forro. Queluz. 2005

[suporte 24] forro das primeiras peças, geralmente são as da face exterior, muito cuidado ao colocá-las em secagem. Os locais devem estar cuidadosamente secos e limpos. Um grão de areia pode provocar uma marca irrecuperável na face frontal da moldura.

Mira para assentamento da moldura e posterior colagem. Queluz. 2005

Assentamento da moldura para colagem. Queluz. 2005

Recorte do desperdício interior da moldura. Queluz. 2005

Aspeto final do forro das molduras. Queluz. 2005

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Luís Oliveira Santos

Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Luz da Terra Antiga. Belas, Sintra. 2012

O filme havia sido feito para a apresentação do livro Portugal - Luz e Sombra, O País Depois de Orlando Ribeiro, na Biblioteca Nacional, em fevereiro de 2012. No domingo passado, dia 6, esteve presente na primeira gala da Academia Portuguesa de Cinema, como um dos quatro documentários nomeados em formato de curta metragem. A Luz da Terra Antiga não foi distinguido com o prémio, mas trouxe do São Carlos a enorme dignidade de um projeto feito sem qualquer pretensão que não fosse o prazer de produzir uma peça sobre os mistérios do tempo e do espaço português. No filme, de uma forma que se desprende claramente do livro que lhe dá origem, olhamos sem contemplações a passagem do tempo, olhamos o reflexo de nós próprios, no ponto atual desta viagem em que todos inevitavelmente nos encontramos.
Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Luz da Terra Antiga. Belas, Sintra. 2012

Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Luz da Terra Antiga. Belas, Sintra. 2012

Trabalhar com o Luís Oliveira Santos tem sido o previlégio de um diálogo com o rigor do seu olhar fotográfico e com a mestria invulgar e misteriosa do manuseio do som. Com uma simplicidade despojada, é-nos revelado o movimento oculto das coisas e dos seres, ou aquilo que muitas vezes se escapa à frente do nosso olhar.
Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Luz da Terra Antiga. Viseu. 2012
Deixo ao Luís Oliveira Santos a minha enorme gratidão pelo envolvimento e partilha nestes movimentos cinematográficos, agora com o sonho de um projeto maior: para a continuidade de um olhar sobre a terra, sobre nós, portugueses, sobre a nossa face comum.
Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Linha do Tua. Macinhata do Vouga. Águeda. 2013

Luís Oliveira Santos durante a rodagem de A Linha do Tua. Macinhata do Vouga. Águeda. 2013