quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2008. Serra da Estrela

[inquéritos 40] Uma viagem com o meu filho Pedro, motivos sempre renovados para um regresso significante

Serra da Estrela. 2008

Serra da Estrela. 2008

Serra da Estrela. 2008

Serra da Estrela. 2008

Serra da Estrela. 2008

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2003. Serra da Estrela

[inquéritos 39] Desenvolvia o projeto Portugal Património, mais tarde publicado pelo Círculo de Leitores. Eram as primeiras recolhas fotográficas com cor, com a fotografia digital que não mais viria a abandonar. 

Serra da Estrela. 2003

Serra da Estrela. 2003

Serra da Estrela. 2003

Serra da Estrela. 2003

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Citânia de Briteiros

[pst 102] Vivia no Solar da Ponte, no sopé do monte de S. Romão, em cujo cume se localizam as ruínas da Citânia de Briteiros. Aí diariamente se deslocou, entre os anos de 1875 e 1884, para trabalhos de exploração. Era "o Dr. Francisco Martins Sarmento, um desses homens raros capazes de sacrificar a vida e a fortuna à busca da verdade, tornada dever de consciência, descobriu e começou a desenterrar do solo toda uma humanidade desconhecida". (Jaime Cortesão — Portugal, A Terra e o Homem).

Citânia de Briteiros. Guimarães. 15 de dezembro de 1995

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

1997. Serra da Estrela (2)

[inquéritos 38] Uma viagem ocasional, num fim de semana, a propósito de nada. O tempo parecia seguro, no primeiro dia. No domingo, no regresso, um nevoeiro denso haveria de se abater sobre a montanha, quando já deixáramos para trás a Nave da Mestra. Nesse mesmo dia, ao chegar a casa, tomava conhecimento da morte de Orlando Ribeiro, horas antes. 

 
Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997
Serra da Estrela. 1997

domingo, 27 de dezembro de 2015

1997. Serra da Estrela

[inquéritos 37] As viagens repetidas aos mesmos lugares deixam de ter uma justificação, são apenas o motivo para estarmos com alguém próximo, caminhar um pouco, não pensar que tivemos um passado nem tão pouco tentar entrever o futuro, por breve que seja.

Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997

Serra da Estrela. 1997

sábado, 26 de dezembro de 2015

Vilarinho da Furna

[pst 101] Vilarinho da Furna — Uma Aldeia Comunitária, da autoria de Jorge Dias, é publicado em Portugal em 1948 e reeditado em 1981, quando a aldeia já não existia. No prefácio Orlando Ribeiro escreve: "Vilarinho da Furna não existe mais; não declinou por abandono dos habitantes, mas porque uma barragem a meteu debaixo de água que submergiu leiras e casas e até o cemitério situado na parte mais alta da aldeia. Nem os mortos escaparam e dos vivos ninguém cuidou; pagas as indemnizações irrisórias, cada um se amanhou como pôde, enriquecendo-se o país de eletricidade, atirando para as incertezas da vida os seus vizinhos. E, no entanto, estas aldeias comunitárias viviam numa nobre pobreza, onde os habitantes se sentiam efetivamente senhores do que cultivavam e colhiam e geriam em comum os seus interesses coletivos".

Vilarinho da Furna. Terras de Bouro. 11 de janeiro de 1995

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

1996. Serra da Estrela (2)

[inquéritos 36] A área da Cabeça Gorda. Os campos agrícolas, de centeio, mais elevados de Portugal. Eram estradas de terra que uniam as aldeias das vertentes da montanha. Encontra aqui uma grande diversidade de paisagens deste maciço montanhoso. 

Serra da Estrela. 1996

Serra da Estrela. 1996

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

1996. Serra da Estrela

[inquéritos 35] Um grande nevão. Fotografias feitas no âmbito do trabalho Portugal - O Sabor da Terra, quando procurava identificar o carácter vincado dos lugares dentro de cada região. A serra da Estrela era como uma ilha imensamente branca que se elevava na direção do céu, a partir das terras baixas, habitadas. 

Serra da Estrela. 1996

Serra da Estrela. 1996

Serra da Estrela. 1996

Serra da Estrela. 1996

Serra da Estrela. 1996

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Necrópole medieval de Fão

[pst 100] Próximo da foz do rio Cávado, entre Fão e o mar, à beira das dunas, encontra-se uma necrópole medieval. Aí foram descobertas cerca de 200 sepulturas, um dos maiores conjuntos da Península Ibérica. Todas estão alinhadas com a posição da cabeça orientada para o sol nascente, para Jerusalém.

Necrópole medieval de Fão. Esposende. 16 de dezembro de 1995

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

1991. Serra da Estrela

[inquéritos 34] uma passagem de ano, a procura da neve, a passagem por um lugar frio que tinha encontrado quente no ano anterior. Lugares misteriosos batidos pelo vento forte.

Serra da Estrela. 1991

Serra da Estrela. 1991

Serra da Estrela. 1991

sábado, 19 de dezembro de 2015

1990. Serra da Estrela

[inquéritos 33] A primeira viagem a este maciço montanhoso, numa altura em que procurava, pela primeira vez, o 'varrimento' de todas as serras portuguesas. Eram longas viagens pedestres.

Serra da Estrela. 1990

Serra da Estrela. 1990

Serra da Estrela. 1990

Serra da Estrela. 1990

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ponte da Misarela

[pst 099] É uma espécie de lugar mitológico da paisagem minhota. Pela ponte da Misarela, chamada pela população local "ponte do Diabo", demandaram as tropas de Napoleão comandadas por Soult, em 17 de Maio de 1809, perseguidas pelas tropas de Wellesley. É atravessada, ainda hoje, pelos batismos da meia noite, por superstições e crenças populares.

Ponte da Misarela — Sidrós. Vieira do Minho. 5 de junho de 1996

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A serra da Estrela

[inquéritos 32] A história de uma participação nesta exposição. A ideia de Nuno Faria era a de fazermos uma síntese de viagens ao longo de cerca de trinta anos de fotografias sobre Portugal, em várias frentes de pesquisa. O tempo disponível para essa tarefa era escasso, ou mesmo inconcebível. Na grande montanha pareciam estar encerradas várias sínteses desse caminhar, ao mesmo tempo que nos prendíamos à ideia seminal deste projeto: a serra da Estrela. A exposição começava e terminava aqui, aqui estava também a mais recente fotografia feita para a exposição, apenas cerca de 15 dias antes da inauguração. Avançámos. Esta foi a primeira proposta. 

Exposição dos "Inquéritos". CIAJG. Guimarães. 2015

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Face de gestos

[inquéritos 31] As fotografias vão deixando um rasto de materialidade, a face de gestos proferidos no passado e que, agora, vamos reinterpretando de forma diferente ao longo do tempo que passa. Vamos conhecendo aquilo que no passado não tínhamos a noção do seu alcance. Esta é a construção de lugar, é o espaço do arquiteto, não de quem projeta uma casa, de quem faz desenhos, mas de quem habita um lugar novo construído por si próprio. É a construção possível do sentido da vida humana, na imensidão absurda das suas variações e possibilidades. O lugar que procuramos com a dimensão evolutiva do erro.

 
Exposição dos "Inquéritos". CIAJG. Guimarães. 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Castelo do Lindoso

[pst 098] O castelo do Lindoso está construído sobre um morro pouco elevado, perto do qual se desenvolve a aldeia. O espaço intersticial, deixado vago entre a aldeia e o castelo, é ocupado pelo maior conjunto de espigueiros do Minho. Estão quase todos alinhados e, entre eles, em vazios deixados, são conformados os espaços de eira. A sua implantação junto a um campo cultivado recorda os tempos em que era necessário proteger as colheitas contra as depredações de inimigos interiores e exteriores.

Castelo do Lindoso. Ponte da Barca. 30 de agosto de 1994

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Síntese de ser

[inquéritos 30] Esta é a imagem da construção de um mundo, síntese de ser. Tentada pacificação de tensões ou a sedução pela compreensão da vida, da sua ausência de sentido. E é nesse vazio que construímos um lugar com ferramentas que desenvolvemos para sobreviver dentro de uma consciência devoradora. Que natureza trazemos dentro de nós, predefinida, quando nascemos? Não somos vazios onde tudo pode caber, transportamos gestos imemoriais, perdidos sem qualquer chave para uma descodificação. Caminhamos próximos do que não vamos conhecer. 

Exposição dos "Inquéritos". CIAJG. Guimarães. 2015


domingo, 13 de dezembro de 2015

[...]

[inquéritos 29] Não há metáforas aqui. Apenas a procura do fim da linguagem que buscamos nas palavras. 
Exposição dos "Inquéritos". CIAJG. Guimarães. 2015

Exposição dos "Inquéritos". CIAJG. Guimarães. 2015

sábado, 12 de dezembro de 2015

Paço da Giela

[pst 097] O Paço da Giela situa-se próximo de Arcos de Valdevez. Tem a aparência de um castelo, mas é uma casa senhorial dos finais da Idade Média. A torre foi construída no século XIV, onde a independência do resto da residência e a quase total ausência de aberturas são sintomas das preocupações defensivas sentidas na época. O restante conjunto residencial só é concluído em finais do século XV ou início do XVI. Aqui o maior número de aberturas é já característico de tempos mais tranquilos e a decoração das mesmas remete-nos para a arquitetura manuelina.

Paço da Giela. Arcos de Valdevez. 8 de março de 1996

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Linha 17. Construir o erro

[inquéritos 28] Caminhamos sobre montanhas, sozinhos, na construção do erro. Espaços estranhos e distantes que fazemos familiares. Sobre um solo duro, aquecido pelo sol diurno, repousamos para a noite estrelada e fria. Acordamos aos primeiros raios luminosos pelo som de aves que não vemos. Continuamos a caminhar como se sempre fosse possível olhar, das linhas de festo, as paisagens infinitas. 

Pico. Açores. 2006

Serra do Gerês. 2013

Pico Ruivo. Madeira. 2006

Serra do Gerês. 1991

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Coluna 16. Bizarro

[inquéritos 27] A nossa imagem é uma sombra projetada na escuridão densa. São as fotografias possíveis de nós mesmos, incompletas, como se apenas fizessem sentido na vizinhança umas das outras, como se esse conjunto pudesse definir aquilo que somos. Quando juntamos todas as peças do puzzle, a imagem pouco revela, incompleta, sempre.

 
Pomarão, prox.. Mértola. 2014

Monte Abraão. Sintra. 1990

Molhe. Rosmaninhal. Idanha-a-Nova. 2005