funchal 55] Esta leitura é feita de tempo. A primeira vez que me desloquei ao Funchal foi com o objetivo estrito de fotografar a fortaleza do ilhéu. Corria o ano de 1992. Era uma encomenda do atelier Bugio; uma recolha fotográfica para apoio de um projeto de arquitetura que seria mais tarde construído e, mais recentemente, com um novo projeto de outro gabinete, completamente desvirtuado das suas memórias relacionadas com a sua primitiva função defensiva e um mirante simultâneo sobre a cidade e sobre o mar aberto. Algumas horas antes do regresso a Lisboa, fazia o percurso pedestre entre o Pico do Arieiro e o Pico Ruivo. Era o primeiro contacto a natureza “excessiva” desta ilha. A segunda visita seria para a participação num colóquio. Em 2006 no âmbito de um projeto específico, Portugal Património, que viria a ser publicado pelo Círculo de Leitores, percorria toda a ilha, bem como alguns lugares de Porto Santo. Só 10 anos depois regressaria, em 2016, para o registo fotográfico da arquitetura de Rui Goes Ferreira, arquiteto nascido no Funchal em 1926, que, numa vida breve, viria a falecer em 1978, deixaria uma obra arquitetónica muito significativa na Madeira e no Porto Santo. Meses depois era o fogo a envolver a cidade é esse é o contexto de origem destes textos e fotografias. São, agora, as dimensões múltiplas do Funchal. Um percurso pelo detalhe de alguns dos seus recônditos lugares.
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Fortaleza do Ilhéu, Funchal. 1992 |
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Pico Ruivo, prox. Madeira. 1992 |
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Moradia Rui Menezes (projeto do arquiteto Rui Goes Ferreira), Porto Santo. 2016 |
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Funchal. 2016 |
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