[funchal 34] À medida que nos afastamos do coração da urbe e subimos as cotas de implantação, maior será a carência económica das populações. Não deixa de haver, no entanto, exceções a esta regra. Mas, curiosamente é neste perímetro de maior pobreza que podemos observar alguns exemplos muito interessantes de arquitetura popular contemporânea, feita sem projeto, nem arquitetos, que atualmente continua a exibir soluções muito qualificadas para a resolução de problemas espaciais concretos. Há uma certa constância nos modelos de edificar no Funchal. Em muitos casos lemos o trabalho sobre o ínfimo detalhe, particularmente na articulação com os terrenos inclinados e as vias de circulação. Esse detalhe existe em muitas construções, por vezes sublimes, mesmo que com materiais pobres. A cidade atual é feita desta teia de relações entre o centro e a periferia, entre as cotas baixas e a aproximação à montanha.
Funchal. 2016 |
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