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Terreiro do Paço. Lisboa. 2012 |
[Lisbon Ground 5] Lisboa é sobrevivência. O que tem acontecido com a evolução da vida na Terra, é que a seguir a uma grande catástrofe, de destruição em massa, a vida volta a florescer, passados alguns milhões de anos, com uma muito maior diversidade e complexidade. Mas com as civilizações, com cidades muitas vezes, o que se segue ao um cataclismo é o abandono do lugar. Lisboa não parou de crescer. Há em novos lugares uma dimensão quotidiana, como que espelho de uma luta contida pela continuidade de um determinado entendimento do território urbano comum, uma paisagem cultural que se ergue contra todas as catástrofes. Há uma discreta imposição da consciência, pelo desenho, das novas arquiteturas, de levar um pouco mais além o pensamento sobre os lugares humanos nesse singular percurso de afastamento progressivo e determinado a uma Natureza-mãe que, ao mesmo tempo que tudo nos parece permitir, nos deixa sempre na certeza do mais inquietante e surpreendente futuro. Estamos afeiçoados por forças poderosas. As cidades são os mais arrojados gestos humanos na construção do seu próprio e único universo, na afirmação de uma espécie, num tortuoso e acidentado quadro evolutivo de vida, num planeta singular.
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Alfama. Lisboa. 2012 |
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Lisboa. 2012 |
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