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Chiado. Lisboa. 2012 | | | | |
[Lisbon Ground 4] Se o momento de destruição maior provocado pelo terramoto, fenómeno geológico de que à época não havia memória em toda a Europa, constituiu o poderoso renascimento de Lisboa, uma nova tragédia urbana, de muito menor escala, pois não vitimou ninguém, vai constituir um novo ponto de viragem do entendimento da cidade. Na madrugada do dia 25 de agosto de 1988 deflagra um grande incêndio no Chiado. Vários edifícios ficam completamente destruídos, apenas permanecendo algumas paredes estruturais. O arquiteto Siza Vieira é chamado para desenhar a reconstrução urbana. O que aconteceu, ao invés do talvez esperado, foi um desenho subtil que acentuou a permanência da arquitetura pombalina, que afirmou a sua contemporaneidade e o seu sentido histórico. O que este gesto contido evidenciava eram as múltiplas possibilidades de uma intervenção sensível numa paisagem urbana de forte carácter identitário. Esta atitude será tomada como referência para intervenções posteriores, em que se opera sobretudo no espaço interior, este sim passa a ser o território de projetos que se prendem fortemente a intervenções inovadoras, reflexas de um tempo envolvente. Este é o coração, e elo de ligação, da urbe atual que entretanto se espraia por limites difíceis de definir. Mas este lugar, a Baixa, continua a ser o ponto de articulação de diferentes malhas urbanas de diferentes épocas.
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Chiado. Lisboa. 2012 | |
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Chiado. Lisboa. 2012 |
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