[arquivo cidade 037] O abandono da “prisão” da terra é uma realidade que poderá ser difícil de interpretar à luz de conceitos contemporâneos. E estamos tão próximos desse passado. Aquele espaço teria que ser vivenciado noutro tempo, durante os invernos duros e os verões tórridos. Quem habita as aldeias não tem dúvidas nem hesitações sobre o porquê do fim das mãos no arado. Foram tempos e rituais que se deixaram para trás, que levaram muita gente para as cidades, para as suas cinturas periféricas. Nos povoados de origem deixaram, indeléveis, memórias fortes, mas, ainda assim, a recusa de um regresso.
Lisga, Sarzedas, Castelo Branco. 2016 |
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