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Serra do Gerês. 2012 |
[Gerês 52] Este, como afirmado no texto "desenhar caminhos" (Gerês 13 - 27 de setembro de 2012), não foi o relato de uma viagem ou a descrição de um itinerário percorrido, foram as ondas reflexas de pensamento, na ambiguidade entre o visível e um universo imaginário. Há um mundo material sobre o qual repousa o nosso olhar, objeto de descodificação humana, e há uma estranha virtualidade, ou um infindável deambular pelos pensamentos que geram pensamentos que, em momentos breves, emergem à superfície de um caos de alietoriedade, momento em que podem ser fixados em palavra. É a procura da lucidez, a clareza de um conceito espacio-temporal, a verdade talvez, uma vivência interior e a tentativa de descodificação dos lugares atravessados. A fotografia é a expressão mais pura e intuitiva de uma relação com a paisagem e esta escrita tenta perceber as imagens depois do tempo da sua captura, num mergulhar cada vez mais fundo nos passos que se deram, num passado colado a este presente, mas com uma duração por vezes de várias décadas. A fotografia é uma forma de expressão de pensamento, mas estas palavras querem com ela estabelecer uma relação de complexidade, um novelo operativo que condiciona os dois fazeres no decurso do tempo.
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Serra do Gerês. 2012 |
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