[tinta e pó_05]
Quando chegamos de viagem e olhamos para as fotografias, para o
resultado do trabalho. Podemos fazer milhares de imagens, mas
deparamo-nos com uma realidade incontornável: o que vimos, a realidade
que vivenciámos, era muito mais rica e complexa do que as imagens agora
mostram. Mas, nas fotografias de espaço, de um pretenso mundo
envolvente, há um fascínio. Não estamos apenas a fotografar os lugares, o
território por nós habitado, estamos a registar algo a que já não temos
acesso. Fixámos o passado que agora já não volta. As fotografias captam
o tempo, talvez mais do que o próprio espaço.
Cascatas da Fraga da Água d'Alta. Oleiros. 2014 |
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