[pst 106] Nos arredores de Vila Nova de Famalicão, em S. Miguel de Seide, a Casa de Camilo Castelo Branco é como que um lugar incontornável da literatura portuguesa. Aí viveu o escritor parte da sua tumultuosa e conturbada vida, e aí viria a morrer às 15 horas do dia 1 de Junho de 1890. A 17 de Maio de 1915, era consumida pelas chamas, tendo sido posteriormente reconstruida e transformada em museu. Teixeira de Pascoaes, em O penitente, escrevia: "O seu primeiro ataque místico fê-lo seminarista, de batina, cruz ao peito, e, debaixo do braço, a Imitação de Cristo. Mas logo abandonou a teologia medieva, onde aparece um Deus pessoal e providencial, um Deus chefe de tribo, elevado a suprema Potestade. Caíu então numa espécie de ateísmo, que o não era essencialmente, por hostil ao seu temperamento de Poeta. A sua maior glória é a luta moral entre o teísta, que pressente a Divindade, e o ateu que a vê negada pelos acontecimentos sublunares".
Casa de Camilo Castelo Branco — São Miguel de Seide. Vila Nova de Famalicão. 4 de março de 1996 |
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