Guadiana, prox. Moura. 1998 |
[Entrevista JEF 14] O lugar da fotografia na História da Arte tem vindo a adquirir um
significado cada vez maior, particularmente nas últimas décadas. Pelas questões
que coloca na relação que estabelece com o fotografado, pelo seu significado
ambíguo e plástico, pela acessibilidade da sua expressão, a fotografia é parte
integrante da Arte contemporânea. Ainda há resquícios de um debate sobre o que
é ou não é Arte, mas creio que se está a assistir ao esbatimento das
considerações sobre todas as classificações ou categorias de trabalhos
criativos. Os diversos fazeres vão-se assumindo na sua singularidade. Este é um
desafio estimulante da contemporaneidade: como vamos evitar perder-mo-nos neste
universo em que a informação circula a velocidades antes impossíveis de
imaginarmos? A Arte pode perder a sua própria materialidade e passar a ser um
conceito de sobrevivência, de sanidade mental, de lucidez, de fascínio perante
um mundo em permanente construção, sobre a erosão constante de todos os
saberes.
"A Arte pode perder a sua própria materialidade e passar a ser um conceito de sobrevivência, de sanidade mental, de lucidez"
ResponderEliminarNão entendi o remate final do teu post, ou seja, em que medida a imaterialidade da Arte pode ser um conceito de sobrevivência e sanidade mental ?
Nota: Eu me preocupo muito com todos os assuntos relativos à sanidade mental :-)