quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Vias ferroviárias

[Douro-Côa 11] Trezentos metros de desnível acima do ponto de partida, onde deixara o carro. Regresso. A descida é quase sempre mais difícil do que a subida. Antes de me sentar de novo ao volante, observo o mapa para estudar o acesso a um próximo ponto que quero explorar. Desloco-me para norte de Mirandela. A paisagem é marcada por extensos olivais. Paro não longe de Carvalhais, junto a um edifício abandonado que apoiava a Linha do Tua. Sigo alguns metros por este antigo canal ferroviário até uma ponte metálica. Tinha estado neste mesmo local dez anos antes aquando de um levantamento fotográfico deste itinerário ferroviário. A ponte estava com sinais mais evidentes de degradação e a vegetação ao seu redor, mais desenvolvida. Este é apenas um pequeno fragmento desta linha ferroviária que, por sua vez, integrava um conjunto de outras linhas construídas entre o século XIX e o século XX, e hoje todas abandonadas. Apenas permanece a linha do Douro, já amputada do troço entre o Pocinho e Barca d'Alva. A ferrovia foi uma das mais importantes marcas identitárias deste extenso território.

Senhora de Lurdes, Nagoselo do Douro, São João da Pesqueira. 2019


 

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