dc156-01 - São Gabriel, Vila Nova de Foz Côa. 1996 |
Fotografar um território vasto. Procurar em Portugal as raízes de uma identidade coletiva que se perde num tempo longo. Construir um arquivo fotográfico. Reinventar uma paisagem humana, uma ideia de arquitetura, uma cidade nova.
quarta-feira, 31 de julho de 2019
Para lá de Amarante
[regressar onde 02] No dia 26 de dezembro de 1993 partia de Vila do Conde em direção a Amarante. Nessa cidade faria a primeira paragem. Daí seguiria para o Douro para depois, pelas suas margens, numa sucessão de pontos que tinha anotados de um itinerário desenhado a partir do Guia de Portugal, de Raúl Proença e Santana Dionísio, percorrer o rio para montante. Depois das longas caminhadas pedestres dos anos anteriores, que coincidiram com o habitar a cidade do Porto como estudante, estava no início das viagens em automóvel por Portugal, e a fotografar o seu território com uma minúcia progressivamente maior. Dois dias depois, a 28, atravessava a foz do rio Côa e daí tomava caminho para Castelo Melhor, Almendra, com destino ao planalto de Miranda, a norte. Fora esta a primeira vez que atravessava este território de Foz Côa, uma região marcada por um intenso caráter telúrico, expresso numa paisagem onde subsistem formas tradicionais de trabalhar a terra e onde há uma série de vestígios arqueológicos que nos remetem para tempos muito recuados do povoamento daqueles lugares.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário