[esporão 20] 6 de janeiro de 2009. O passar do tempo leva-nos a uma leitura mais acutilante do espaço. Quando se olha de relance a Herdade do Esporão o que imediatamente impressiona é a enorme extensão de vinha. E esta é, de facto, sua marca mais distintiva, que é acentuada por uma pouco vulgar horizontalidade do solo. Mesmo no Alentejo não é frequente uma paisagem desta natureza; há, habitualmente, um suave ondular da terra. Mas o Esporão é muito mais do que vinha, mesmo esta apresenta variação entre os seus numerosos talhões. Existe também uma extensão considerável de olival, este sim, já plantado em terreno ondulado. Depois há o solo de montado, onde domina o sobreiro, a azinheira e algumas espécies arbustivas. A barragem, a albufeira que alimenta de água quase toda a atividade agrícola, define também uma área considerável e define um horizonte de “frescura” nos estios quentes, secos e prolongados. Mas nas cotas mais baixas da propriedade, quando esta se aproxima da ribeira da Caridade, observamos outras espécies vegetais, que, por sua vez, revelam um mundo escondido de biodiversidade, que estamos longe de poder imaginar quando entramos na Herdade, vindos de Reguengos de Monsaraz.
Herdade do Esporão, Reguengos de Monsaraz. 2007
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Herdade do Esporão, Reguengos de Monsaraz. 2007
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Herdade do Esporão, Reguengos de Monsaraz. 2007
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