[esporão 28] Estes são os construtores das paisagens milenares. Nestes trabalhos a céu aberto há sempre uma componente física envolvida. É a presença do corpo entrosado com os lugares, com a natureza. É deste labor que, muitas vezes, se tenta fugir, do cansaço extremo, das jornadas de trabalho contínuo. Mas ao mesmo tempo, quem executa estas tarefas sente as dimensões poderosas desse mesmo corpo, há o desprendimento de um, quase, ser “burocrático”, há como que o encontro com a natureza intacta que nos transportou, por longos e aleatórios caminhos evolutivos, ao momento que habitamos no presente. Há uma “expiação” da condição existencial plena de dúvidas, para mergulhamos numa libertação de um quotidiano sedentário. A prisão da terra é aqui território de libertação.
Quinta dos Murças, Covelinhas, Peso da Régua. 9 de março de 2010
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Quinta dos Murças, Covelinhas, Peso da Régua. 9 de março de 2010
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