[pst 066] A construção de centenas de escolas primárias dispersas por todo o País foi uma das obras grandiosas do Estado Novo. Insinuava-se a preocupação pelo ensino básico a todas as crianças. Todavia, Portugal não abandonava um índice muito elevado de analfabetismo. Situadas nas imediações das aldeias, num isolamento vistoso, o modelo arquitetónico foi criticado por ser uniforme e não utilizar os valores da arquitetura local. Hoje, estes edifícios apelam à memória da nossa infância. Em muitas já não se ouvem os miúdos a correr e a sua solidão e abandono, em muitas terras do Interior, evidenciam agora um processo de deserção progressiva.
65. Escola Primária — Bens. Mértola. 8 de setembro de 1996. |
Desapareceram as escolas fisicamente construídas a "papel químico", porém a escola continua a ser, para mim, demasiado homogénea ao nível dos seus programas escolares. Na tentativa de homogeneizar e controlar, perde-se o melhor de Portugal: As suas idiossincrasias.
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