[Cesariny 03] No chão também havia livros, fragmentos de pinturas e outros objectos em transito, pedaços de papel. Impressionava a dimensão do espaço onde tudo se desenrolava. Era um lugar mínimo onde tudo estava contido, contrário ao que muitas vezes associamos a espaços de trabalho de artístas plásticos. Seria, talvez a imagem de uma vida difícil, de não integração, a recusa de um gesto de cedência a uma cultura vigente, atitude política, pensamento, fragmento. A casa era uma construção de décadas, a face de um homem, um projeto surrealista, um ‘navio de espelhos’.
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