[Fogo 10] É muito recomendável fazermos-nos acompanhar por um guia quando subimos ao Pico do Fogo, e mesmo a outros locais da ilha que revelam detalhes de vulcanologia fascinantes. No Fogo, ao caminhar pelas ruas, somos várias vezes abordados por pessoas que se oferecem para nos acompanhar ao topo da grande montanha. Por uma questão metodológica do meu trabalho, tento sempre dispensar essa companhia. É difícil dispensar a liberdade de movimentos, a possibilidade de, a qualquer momento, decidir seguir outro percurso, não planeado. Há riscos, sim, mas temos que edificar os nossos passos sobre a experiência das caminhadas demoradas, sobre a leitura da terra, sobre uma intuição que, por vezes, parece adquirir os contornos de uma voz mágica que nos chama. Há uma curiosidade sem limite que nos vai revelando um mundo inapelavelmente belo.
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