[Linha do Tua 88] Não demora muito até encontrarmos outro túnel, do Remisquedo. Retilíneo e relativamente extenso, segue os princípios de construção utilizados nos demais túneis da Linha do Tua. Este, no entanto, tem as paredes e a abóbada construídas em toda a sua extensão, ao contrário do que observámos até agora nas penetrações em grandes maciços rochosos, sobretudo na primeira etapa desta viagem. À saída do túnel voltamos a mergulhar no cenário de vegetação densa. Depois de uma curva à esquerda, logo após a saída do túnel, e de uma contracurva, atravessamos a Estrada Nacional n.º 15, de que nos afastáramos na estação de Santa Comba de Rossas. Neste local deve ter existido uma passagem de nível, mas atualmente já não existem vestígios da via-férrea. Atravessada a estrada, chegamos ao apeadeiro de Remisquedo. A vegetação é agora rasteira e precipita-se sobre o espaço do apeadeiro: um pequeno edifício muito interessante do ponto de vista da arquitetura, particularmente pelo alpendre em madeira, que apresenta uma feição contemporânea à construção da via. O conjunto, muito isolado, está abandonado. Este isolamento é acentuado pelo vale que se segue, cavado por uma ribeira com origem na serra da Nogueira da qual já estamos muito próximos. O vértice geodésico mais elevado desta montanha dista cerca de três quilómetros deste local, para poente, numa linha com um declive muito íngreme.
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