sábado, 13 de outubro de 2012

Respirar a terra

Rocalva. Serra do Gerês. 1991
[Gerês 27] Estas fotografias são o espanto e a perplexidade de um regresso, passadas mais de duas décadas, a uma montanha remota. Mas são também o permanente retorno a trabalhos iniciais em que a feitura das fotografias não tinha um fim objetivo, ao mesmo tempo que eram acompanhadas por uma forte carga intuitiva. Eram os tempos passados em que, sem o saber, elaborava uma condição de pesquisa, os caminhos de uma muito demorada viagem que continua em sucessivos pontos do presente. São as voltas dentro de uma vida humana, as fugas, os reencontros, as perdas, a surpresa, a continuidade de uma caminhada interminável, o respirar da terra, a humidade, a recriação de todos os lugares humanos.
Rocalva. Serra do Gerês. 2012

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