Serra do Gerês. 2012 |
[Gerês 39] Organizar de um arquivo fotográfico onde, posteriormente, podem ser feitas múltiplas leituras e interpretações. Esta é uma das maiores singularidades desta fotografia documental: um observador das imagens pode escolher o seu caminho de leitura de um arquivo, escolhe a própria celeridade de observação das imagens. Neste sentido a tecnologia digital oferece algo como antes não pudera ser observado, no entanto terá de haver um trabalho prévio de organização desse mesmo arquivo. Este é um dos desafios mais estimulantes e criativos numa fase de pós-produção das fotografias. É aqui que, muitas vezes, tem origem novos caminhos que se bifurcam, que dão origem a diversas leituras e trabalhos singulares. Há um momento em que as fotografias não são ornamento, não são para pôr numa parede da casa de alguém ou numa galeria, não é esse o seu objetivo. Estas fotografias são um discurso, talvez mais próximo da escrita de relação com a terra, do relato de um habitar o movimento. Há a descodificação da terra como se aí existisse a chave do entendimento da postura humana, no quadro da evolução da vida no planeta Terra.
Sem comentários:
Enviar um comentário