segunda-feira, 2 de abril de 2012

Grau zero


[A Construção da Fuga #9] Há a procura de um grau zero de qualquer coisa, do habitar das paisagens, da construção de um discurso, de uma ideia de comunicação. Uma redução progressiva de um conceito até à sua mais elementar e simples expressão. Há também uma procura da verdade e de pacificação, de reencontro com uma, talvez, cosmogonia da infância, antes do desprendimento para a realidade de um quotidiano de sobrevivência, desabrigado, exposto. Neste sentido a fuga é o regresso a um universo primordial, onde, creio, tudo na nossa consciência e modo de ser, se forma. A fuga é uma construção improvável e precária, eventualmente impossível, porque nos vamos deparar com a morte, inevitavelmente.

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