quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vínculo


[A Construção da Fuga #11] No enquadramento destes fazeres, num tempo contemporâneo, deparamo-nos com uma quantidade de informação que é impossível de gerir, por tão vasta e dispersa ser. É aqui que somos obrigados a tomar opções de caminho a seguir e a definir toda a envolvente dos nossos fazeres. Encetamos a construção da fuga. Mas este é um caminho que tem que ter um vínculo social, uma fonte de rendimento, viabilidade económica. Este é um ponto base de partida, e, muitas vezes, o seu maior desafio. Este aspeto tem que ser visto como algo que seduz, que é um desafio ao qual não devemos querer fugir, pois este pode ser o nosso maior legado na construção de uma sociedade da qual fazemos parte. Em ultima instância é um trilho, um caminho possível que deixamos aos nossos filhos. Pode ser esta, também, a gratidão em relação a um sistema que nos fornece todas as ferramentas de produção de saber de que precisamos para a execução do nosso labor. O meio que habitamos dá-nos as ferramentas e um lastro de saber acomulado por milhares de anos de sucessivas gerações. São as paisagens humanizadas e todas as formas de expressão que acontecem a uma escala planetária. Mas muito do que seduz esta escrita é um mundo pré-humano que ainda se encontra em muitíssimos detalhes do nosso quotidiano envolvente.

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