quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Cabeço Alto

[três viagens 16] Do Rosmaninhal desloquei-me para ponte, para atravessar a linha imaginária que estava desenhada no mapa, que me permitia saltar para outra quadrícula, para um estreito pedaço de território onde nunca tinha estado. Vi na carta militar e nas imagens de satélite qual seria o melhor percurso a seguir. No itinerário passei por um vértice geodésico de primeira categoria, Cabeço Alto, com 403 metros de altitude. Embora não seja um ponto muito elevado, dele colhemos um panorama muito abrangente, desde as paisagens de Espanha, ali bem perto, da serra de São Mamede, no Alto Alentejo, também a Gardunha e a Estrela, a poente; para norte toda a extensão desta planície até a terra se começar a enrugar de forma mais acentuada, na serra da Malcata e serra das Mesas, onde a temperatura se torna mais fria. Ainda teria de percorrer cerca de dois quilómetros e meio, para chegar à linha que queria passar. Segui por uma estrada de terra, de acesso fácil em direção ao rio Erges. Pouco depois estava com vista para o vale. Parei o carro e desci, por entre uma mata de carvalhos jovens.

Cabeço Alto, Rosmaninhal, Idanha-a-Nova, 2022

 

Sem comentários:

Enviar um comentário