[Arquitetura sublimada 12] É um enorme privilégio o entrar em determinados edifícios. Na aprendizagem da arquitetura pelo desenho mergulhamos nos detalhes, no imenso fascínio das formas, nos cruzamentos de enorme complexidade que se tecem em algumas arquiteturas, particularmente aquelas que sobrevivem a um tempo longo. Mas quando saímos e olhamos ao redor, podemos estar no coração de uma cidade. E aí, também com perplexidade, lemos e interpretamos as variadas formas de desenvolvimento das malhas urbanas, das suas singularidades e repetições em relação a outros espaços, quer sejam próximos, quer sejam distantes. E se deixarmos a cidade podemos encontrar vilas, aldeias, outras formas de fixação das comunidades a territórios. E se nos formos afastando dessas marcas mais vincadas do povoamento humano, regressamos aos lugares da Natureza intacta. Como que completamos um ciclo de tempo. Aí, de contínuo, começamos a estruturar a paisagem com o pensamento, e desvendar caminhos, formas possíveis de progressão no terreno, procurar o que está para lá de um vale, de uma montanha, o que está para lá do mundo conhecido.
Rio do Salto, Senhorim, Nelas. dg779774. 2017
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