Catálogo da Exposição de Graça Morais - Os Desastres da Guerra. 2013 |
Um dos leitores que tinha sido selecionado por Fernando Pinto do Amaral, para o trabalho que aqui mostrei, como Retratos de Leitura (http://cidadeinfinita.blogspot.pt/2013/01/avancar.html), era Graça Morais. Quando me encontrei com ela no seu atelier em Lisboa, estava nos últimos preparativos para uma exposição que ia inaugurar na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva. Essa exposição de pintura - Os Desastres da Guerra - agora está prestes a encerrar. A pintura figurativa parece, muitas vezes, ser um mundo distante, quando a fotografia parece invadir o espaço das artes plásticas. Graça Morais resiste, mostra-nos mais uma vez a invulgar destreza a lidar com a magia da representação pictórica, que nos liga às mais ancestrais representações humanas, deixadas pelo homem paleolítico em cavernas. Esta exposição é um grito de perplexidade sobre o tempo que habitamos:
"Pinturas nas quais homens e mulheres se transmutam em animais.
Animais que ganham a força de heróis.
Anjos que carregam nos seus braços seres que são resgatados do inferno e dos desastres das guerras e das doenças.Pietàs que revelam a natureza humana numa recusa em aceitar a fatalidade da maldade sem rosto que ensombra a Terra.Estas Pinturas são o meu grito de alerta e revolta perante um mundo que apreendo através dos jornais, das televisões e dos media e que também sinto no olhar das pessoas com quem me cruzo no meu quotidiano, numa cumplicidade de olhares, cheios de dignidade mas também muito sofrimento."
Graça Morais, Outubro de 2012
"Pinturas nas quais homens e mulheres se transmutam em animais.
Animais que ganham a força de heróis.
Anjos que carregam nos seus braços seres que são resgatados do inferno e dos desastres das guerras e das doenças.Pietàs que revelam a natureza humana numa recusa em aceitar a fatalidade da maldade sem rosto que ensombra a Terra.Estas Pinturas são o meu grito de alerta e revolta perante um mundo que apreendo através dos jornais, das televisões e dos media e que também sinto no olhar das pessoas com quem me cruzo no meu quotidiano, numa cumplicidade de olhares, cheios de dignidade mas também muito sofrimento."
Graça Morais, Outubro de 2012
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