terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Cabo de Ares

Posto da Guarda Fiscal do Cabo de Ares. 2013
[Ler, fazer, caminhar 21] É dia um de janeiro e parto para uma nova caminhada, desta vez para o litoral de Sesimbra e serra do Risco. A caminho do forte da forte Praia da Cova, passo primeiro a um antigo posto da guarda fiscal do Cabo de Ares, que guarda vestígios de habitar não muito longínquo. Há um litoral fascinante, de mundos escondidos e a Arrábida é um dos mais singulares troços de todo o litoral português. Agrada-me a ideia da permanência de algumas "inacessibilidades", num mundo em transformação muito, também, pelo desejo de apropriação de toda a linha de costa, da paisagem junto do mar. Estamos num lugar muito isolado, onde o contacto, as deslocações, deveriam ser predominantemente feitas por mar, por um pequeno embarcadouro existente no local. Há uma arquitetura com traços de pragmatismo militar. Há um edifício onde ainda se encontram levantadas estruturas de madeira onde se apoiavam beliches para a dormida dos habitantes do sítio. Há louças partidas pelo chão.
Posto da Guarda Fiscal do Cabo de Ares. 2013

Posto da Guarda Fiscal do Cabo de Ares. 2013

Posto da Guarda Fiscal do Cabo de Ares. 2013

5 comentários:

  1. Isto nunca foi posto da Guarda Fiscal. São a instalações do Calhau da Cova, de apoio às armações de pesca da família Loureiro.

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  2. Os "beliches" eram os catres das companhas de pesca das armações Cova e Agulha, inicialmente de Joaquim Gomes Loureiro, depois do filho Alípio Loureiro, depois ainda "Loureiro & Filhos" (ainda por lá existem os marcos com as letras LF). Em Sesimbra também existia um arraial destas armações, no mesmo local onde está hoje o Hotel do Mar.
    Curiosa essa referência ao "pragmatismo militar". O que lá existe é um pastiche da Fortaleza de Santiago, com um simulacro de guarita, obra de fantasia que, de resto, não faria qualquer sentido na localização em que está.
    Há semelhanças, sim, é com as Tunnara italianas, embora com dimensões diferentes, porque se destinavam aos atuns (aqui era sardinha, carapau, etc.).
    Foram, aliás, os italianos quem instalou e governou durante muitos anos armações de pesca nestas costas de Sesimbra.

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  3. Então, afinal, era um posto da Guarda Fiscal ou não?

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  4. nem um nem o outro, os dois a falar sem saber, é sempre bom.
    Mas se quiserem mesmo saber o que é.
    O nome armação é uma grande pista.
    Era uma das cinco armações, pelo que escreveram os senhores da câmara de Sesimbra no seu site o forte lá da vila é construído para defender justamente as armações a sua aparência fortificada nada têm de fantasia sofreu ataques e por isso foi fortificada era uma fonte de riqueza para a região.
    Sim porque quem ganha dinheiro a vender peixe vai desperdiçar o fruto do seu trabalho em fantasias inúteis... pois estou a ver daqui, mas foi uma teoria interessante era decorativo, amanhã ainda estou com um sorriso.
    goggle it
    por outras palavras, é uma armadilha de peixe fixa, produzia riqueza antes de 1650 sofreu ataques e foi alterada com o tempo para se defender.
    Até ganhou a companhia de um forte na margem.
    Chamar armazém de redes de pesca a um dos pontos históricos da vila é lindo ou qualquer coisa tipo posto da guarda fiscal. Tão tuga.
    https://www.sesimbra.pt/municipio/historia
    http://sesimbraepeixe.pt/?p=88
    https://www.geocaching.com/geocache/GC3531K_a-grande-armacao-ii

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