sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Habitar entre em gigantes

[Ler, fazer, caminhar 19] Concluo as molduras em acabamentos que, por vezes, parecem não ter fim. Habito agora entre gigantes. Erguem-se de superfícies planas os leitores de todo o mundo conhecido. Depois dos lugares em que o mar molda a montanha, regresso a estes meus amigos silenciosos que são também todas as pessoas que não conheço, que nunca fotografei, mas que povoam todos os lugares que percorro, à procura de vestígios de sentido deste labor humano, que molda a singularidade maior de uma espécie que, ao mesmo tempo que se afasta de uma natureza intacta, edifica as cidades do futuro. Há um mundo sóbrio no limiar de uma qualquer possibilidade não conhecida.

1 comentário:

  1. O teu post fez-me lembrar dois livros: "Coração das Trevas" do J. Conrad e "As cidades invisíveis" do I.Calvino. E porquê ? Primeiro, porque nos envolve numa dimensão inóspita (Coração das trevas) e segundo, porque utiliza a metáfora da viagem - neste caso das praias para o atelier - acabando por nos entregar às mãos das cidades do futuro(Cidades invisíveis). Bom fim de semana. Duarte

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