[Suzanne Daveau 18] Esta exposição evoca, no seu final, um conjunto de imagens do arquivo fotográfico da família Daveau, cujos primeiros registos são de 1900. Há nestas fotografias uma linha de continuidade que se prolonga pelo trabalho de Suzanne Daveau. Era, também, uma marca do tempo, ou de um certo documentalismo, que, desde o aparecimento da fotografia, em 1839, até à atualidade, nunca deixou de ser praticado. No entanto, na altura, os estímulos criativos eram muito menores. A imagem fotográfica estava longe da globalização que irá acontecer um século mais tarde. A escassez era praticada como um estímulo à criatividade, à imaginação, à ambição de construir uma interpretação do mundo, enquadrada pelo seu olhar, pelo diálogo entre o palpável e o infinito.
Monte Branco (ao fundo), Alpes, França, 1920. (fotografia de Léon Robert, avô de Suzanne Daveau)
Há uma relação forte de "causa-efeito" entre a "escassez" e a "criatividade". O inverso também se revela com frequência, ou seja, "abundância" provoca "esterilidade".
ResponderEliminar