Espaço de Alberto Carneiro, São Mamede do Coronado, Trofa. 2015
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Fotografar um território vasto. Procurar em Portugal as raízes de uma identidade coletiva que se perde num tempo longo. Construir um arquivo fotográfico. Reinventar uma paisagem humana, uma ideia de arquitetura, uma cidade nova.
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
Natureza nova
[Alberto Carneiro 22] Esta nova natureza, de Alberto Carneiro, é uma escrita, uma linguagem, uma tradução de um mundo vasto, ao mesmo tempo que nela vemos as marcas deixadas pela mão, pelos instrumentos de trabalho, a imensa força, desejo, entrosamento, que todas estas peças contêm, que nelas está contido, como se sobre aquelas texturas tivessem sido desenhadas outras paisagens. O que vemos são também mapas, os mapas para um regresso ao campo, ao habitar este limbo de uma beleza tão inquietante e poderosa. O trabalho de Alberto Carneiro liga o mais remoto passado a um futuro possível. Não nega as possibilidades evolutivas de afastamento à natureza, caminho em que nos encontramos, mas traz essa mesma natureza para o coração das cidades, para o pensamento, para a conceptualização do habitar humano.
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"Não nega as possibilidades evolutivas de afastamento à natureza, caminho em que nos encontramos" por mais que inventemos subtis ou aberrantes simulacros dessa natureza que quase apenas sobrevive se caminharmos entre ela como num local sagrado.
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