[arquivo cidade 069] A fotografia, o exercício da captura da imagem, é aqui um ato performativo que apenas nas fotografias deixa a marca do seu caminhar. Não se procuravam imagens para um livro, uma parede, uma tela luminosa. Comunicar sim, mas sem uma forma ou um destino específico. Havia, antes, a tentativa de reproduzir em contínuo uma experiência de vida, um momento singular de existir, de uma liberdade fluida longe de olhares estranhos; diálogo com o espaço e com o tempo. Na solidão da montanha encontrar uma aproximação possível a um modo primordial de habitar, uma condição humana arcaica que emerge. Passo, ao mesmo tempo, demorado e breve de afirmação evolutiva.
Serra da Peneda. 2012 |
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