[arquivo cidade 057] Recordava os tempos em que as noites em campo aberto não eram tanto uma opção mas a única possibilidade de viajar por lugares distantes. Depois acabou por ser procurado esse silêncio, essa independência momentânea da civilização, da eletricidade, das televisões, do fogão, do duche, de quase tudo. Ao mesmo tempo havia dureza nesta opção, havia esforço continuado, havia a procura de um local de pernoita como um animal procurará a sua toca. O frio, a chuva, o vento, o sol tórrido, a água escassa, tudo para nos lembrar que a vida é uma conquista diária, que somos, de facto, máquinas de sobrevivência.
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