[pst 033] Gonçalo Ribeiro Telles, no prefácio ao livro Fundamentos da Arquitectura Paisagista, que recolhe textos de Francisco Caldeira Cabral, ao desenvolver a ideia de paisagem, afirma: "A arquitectura paisagista encontra as suas mais remotas origens no ofício de jardineiro, cujos objectivos são, num espaço limitado, manter o grau de fertilidade, intensificar e dar continuidade ao aproveitamento e melhorar as plantas utilizadas. Bem depressa esse espaço limitado se transformou num lugar idílico de estar e simbólico da fertilidade". O Jardim da Casa de Estoi é um pouco a imagem deste lugar idílico. Data de finais do século XIX — bem patente na sensualidade da estatuária de figuras femininas — mas obedece a um traçado característico da época barroca. A arquitetura paisagista já ultrapassou o espaço contido dos jardins enquanto área de intervenção. Hoje procura o entendimento, para posterior intervenção, de todos os lugares urbanizados.
32. Palácio de Estoi — Estoi. Faro. 15 de fevereiro de 1996. |
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