Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa. 2009
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[a torre 13] O conjunto de fotografias realizado pelos dois fotógrafos (Delmaet e Durandelle) não é apenas o documento que fixa o erguer de um edifício notável e emblemático, nem é só o registo do fascínio por algo que no passado não podia ser observado, o inebriamento por uma crescente capacidade humana de transformação do território, estas fotografias são o exemplo de uma viragem conceptual que se opera com a própria produção iconográfica daquele período. Nunca a pintura se interessara, de forma sistemática, pelo registo de processos construtivos, pelo registo, aos olhos de todos, do edificar de uma nova paisagem humana. A pintura estava presa à exibição do virtuosismo singular e raro de um intérprete, enquanto a fotografia vai operar uma democratização, a curto prazo, dos processos de representação da realidade. À facilidade e rapidez do registo fotográfico de então também se associa a questão do múltiplo. As fotografias, que entretanto evoluíam de um suporte único para a impressão em papel a partir de um negativo, vão tornar-se muito mais disseminadas por um vasto mundo de comunicação.
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