segunda-feira, 8 de julho de 2013

A sala hipóstila

Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa. 2009
[a torre 04] É no interior da obra que se desenha o labirinto. A princípio, sobre enormes sapatas pousadas sobre o solo húmido, começam a ser erguidos os largos pilares que são a estrutura portante de todo o edifício, são o seu esqueleto. Depois será erguida uma primeira laje horizontal, que define um segundo pavimento, do piso superior. Fica, então criada a primeira zona de sombra da nova construção. É uma sala hipóstila que, em obra, composta por centenas de pequenos pilares metálicos onde mal cabe um operário da obra. A água cai da laje que acabara de ser betonada. O ambiente é agora de acentuada escuridão, apenas existindo, neste piso inferior, algumas pouco significativas enterradas de luz. Todo este primeiro espaço está envolto por paredes cegas que contactam com o solo, que sustentam a pressão da terra. Este piso, imediatamente acima do solo, será um piso técnico que vai receber os postos de transformação bem como uma serie de maquinas de tratamento de ar. Sobre este piso irá ser instalada a caixa forte de Biblioteca, onde serão depositadas as obras mais raras e de maior valor de todas as coleções existentes no edifício. Estes dois pisos estão enterrados. Acima de ambos ficará localizada a nova sala de leitura, que, com a primitiva sala de leitura, partilhará a linha de comunicação vertical de acesso à torre de depósitos. A primitiva sala manterá, no futuro, as atuais funções, a nova sala vai centralizar a consulta de obras de outras coleções que anteriormente se encontravam dispersas por vários espaços sem ligação entre si, como sejam a Iconografia, a Cartografia, ou a Música, entre outros.
Biblioteca Nacional de Portugal. Lisboa. 2009

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