[Lugares livres 38] Permanecem as reminiscências de uma certa condição animal. A pobreza, a escravatura da terra, a consciência de uma imensa contradição, enclausuramento em relação a um mundo, tão diferente, que nos entra pelos olhos dentro, através, sobretudo, da televisão, novelas, noticiários que semeiam o medo, os jovens que se isolam na Internet, como que a negar o tempo e o espaço em que vivem, a cortarem as amarras com o mundo dos seus pais e mais ainda dos seus avós, é a desintegração das comunidades que os viram nascer. Este é um retrato, de algum modo, cru, mas há outras faces desta realidade. Há uma sedutora dimensão poética em tudo isto, nostálgica, poderosa, entrópica.
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