[Lugares livres 45] Na vertigem da representação do belo, contribuir para o caos criando novas camadas de realidade. Ao produzirmos conteúdos para a interpretação do mundo, mais não fazemos do que aumentar a entropia. É um círculo vicioso interminável, como fotografar um país ao longo de décadas. Centenas de milhares de quilómetros percorridos. A representação sistemática e continuada de um espaço pela fotografia dá origem a um mapa que se afasta progressivamente do território que representa. Uma realidade espetral parece emergir de um complexo arquivo de fotografias, desenhos e palavras que edificam uma arquitetura singular. Aí percorremos as ruas de uma cidade imaginária cujos contornos configuram um lugar que conquista a sua própria verdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário