Espaço de Alberto Carneiro, São Mamede do Coronado, Trofa. 2015 |
Fotografar um território vasto. Procurar em Portugal as raízes de uma identidade coletiva que se perde num tempo longo. Construir um arquivo fotográfico. Reinventar uma paisagem humana, uma ideia de arquitetura, uma cidade nova.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
Livros
[Alberto Carneiro 08] Nas lombadas dos livros identificamos como que toda a procura humana das formas, da arte, dos sons, da palavra, como se na espessura daquelas paredes, na sequência ordenada das páginas de volumes desencontrados estivesse o sentido perplexo do espaço e do tempo contemporâneos. Estava ali plasmada toda a história conhecida da escultura, da pintura, da arquitetura, de todos os fazeres subtis que nos conduzem ao presente. Ali estava também a construção lenta de um fazer, as margens de uma vida funcional, a busca da arte que interpela o mundo desconhecido, a escultura de cosmogonias. Mas os livros são também futuro, são as leituras vindouras mesmo que nunca se venham a realizar, são uma reserva de tempo e de pensamento para viver mais tarde, são demora, presença, presente constante e imutável.
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