sábado, 29 de dezembro de 2018

Viagem

[depois do tempo 06] Estes são lugares para viagem mas não são destinos turísticos, monumentos. Podem ser uma enorme diversidade de sítios, de espaços marcados pela ação humana, bem com paisagens onde praticamente não é percetível a pegada da nossa presença. Não são lugares fáceis, ou simples. São, muitas vezes, lugares de jogo e descoberta, são o entrar dentro de uma significação ambígua, são como a conquista transparente de um território. É a descodificação de gestos primordiais, de uma apreensão humana da terra, da paisagem. É a construção das cidades contra a “hostilidade” do campo aberto, da Natureza. Lugares para o entendimento do “outro”, nas fragilidades refletidas em nós próprios. [Esta é a última publicação da série depois do tempo].


2 comentários:

  1. Bom texto. Na terra raiana do meu sogro chamam quelha a estes caminhos centenários. Gosto do titulo da série "depois do tempo"

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  2. Gosto muito "lugares de jogo e descoberta, são o entrar dentro de uma significação ambígua, são como a conquista transparente de um território."
    São cada vez mais raros, por isso cada vez mais "valiosos".
    Coloco sempre a questão como preservá-los?

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