segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Extremo poente de Castelo Branco

[arquivo cidade 014] Vindos de Castelo Branco, passamos a Sarzedas, sede de freguesia, e continuamos na direção poente. O povoamento humano vai-se tornando cada vez mais rarefeito. Deixamos as terras acentuadamente planas numa paisagem que agora se começa a enrugar. Um mundo que é isolado pelo próprio relevo. Descemos para o Sesmo e percebemos que há uma singularidade naquele vale. A ribeira do Alvito abre-se em terras férteis de aluvião. Este chão plano é dominado pelo olival. As árvores mais antigas falam-nos de solos há muito tempo trabalhados. Subimos a ribeira em direção a Pomar, depois continuamos para a Lisga. Observamos agora o domínio de pinhais jovens. Vemos parcelas agrícolas, muitas delas abandonadas, que nos contam a história de um tempo em que havia uma população mais numerosa e ativa a trabalhar as terras. Hoje a Natureza vai recuperando o seu território, a sua biodiversidade. A ribeira da Lisga, na “sombra” de serra do Moradal, é um mundo de vida e de lugares escondidos, um labirinto surpreendente e íntegro que nos fala silenciosamente de um mundo em transformação contínua.
Pomar. Sarzedas. Castelo Branco. 2016

Pomar. Sarzedas. Castelo Branco. 2016

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