[pst 206] Em 1933 o Instituto do Vinho do Porto encomenda a Domingos Alvão o registo fotográfico da paisagem duriense e das atividades vitivinícolas. "Durante anos, os fotógrafos da Casa Alvão (o próprio Domingos Alvão, Álvaro de Azevedo e outros) percorreram de lés a lés, o Douro vinhateiro, captando, em pormenor, todas as fases da vida do vinhedo, desde a preparação do terreno à plantação, da evolução e tratamento das vinhas até à vinificação. § Subiram às quintas de renome e a casais ermos, às vilas e cidades. Seguiram pelos caminhos dos serros até à floresta primitiva de zimbros, torgos, estevas, rosmaninhos, medronheiros e sobreiros. Acompanharam o comboio até Barca de Alva. Desceram ao rio, pelas rodeiras estreitas por onde chiavam os carros de bois. Assistiram à carregação das pipas de vinho nos rebelos e à aventura dos arrais e marinheiros pelo Douro fora até ao Porto". (Gaspar Martins Pereira — O Douro de Domingos Alvão). O Douro, entretanto, perdia alguma da magia registada. Permanecia imutável a dimensão cósmica do vale.
Rio Douro — Foz da ribeira do Mosteiro, Poiares. Freixo de Espada à Cinta. 25 de agosto de 1994 |
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