[Fogo 29] O que pode definir um conjunto vasto de fotografias, que não seja apenas a linguagem do seu criador? Há um puzzle indeterminado que se vai construindo mas que não sabemos se algum dia dará uma imagem una e coerente. A imagem procurada. Uma síntese qualquer para a pacificação da consciência, que será sempre um diálogo com a morte. Definimos, com as fotografias, um lugar e um tempo humanos.
Este post aborda uma questão que me é muito cara: a relação da paisagem, sobretudo a geológica, com a finitude da vida. Quando admiro uma imagem de um, diria, monumento geológico ocorre-me uma sensação de continuidade. Surge-me quase o desejo de ser pedra, montanha ou escarpa como vontade de resistir ao tempo. É com esta relação mística que olho as fotografias do Duarte Belo, a necessidade de perpetuar um instante e o testemunho de que olhamos o infinito nas "pedras e rios" que ancestrais e vindouros testemunharam ou testemunharão.
ResponderEliminar"O que pode definir um conjunto vasto de fotografias, que não seja apenas a linguagem do seu criador?" ou (...) Criador ?
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