segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Não encontrar, encontrar

[Fogo 38] A felicidade, tão difícil de definir, e a liberdade, liberdade, também, de poder explorar as intuições fundas. São estes, talvez, os aspetos mais fundamentais de um trabalho criativo, ou documental, em fotografia (não pode aqui ser feita uma distinção entre fotografia documental e criativa, pois ambas integram uma mesma cosmogonia do ser). Não partir à procura do que se quer encontrar, não procurar o que conhecemos, mas viajar em liberdade, disponível para o encontro com a diversidade significante dos seres e das coisas. A essência dos trabalhos em fotografia de paisagem é a disponibilidade para encontrar coisas novas, misturar vivências com a realidade que se vai observando, imaginar, depois, objetos criativos, objetos de comunicação. Ainda que, por vezes, se parta com um objetivo determinado, a realidade quase sempre nos inflete os passos em direções antes não imaginadas. Vamos estar disponíveis para aquilo que não contamos encontrar.


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