quinta-feira, 4 de abril de 2013

A desfragmentação

Santuário de Santa Ana. Grovelas. Ponte da Barca. 2002
[Viagens. Paisagens 10] Com outros trabalhos mais pequenos de permeio, como Terras Templárias de Idanha, Geografia do Caos e Território em Espera, seguiu-se Portugal Património. Este foi uma viagem exaustiva ao longo de todo o espaço português. Foi o mais demorado de todos os meus trabalhos, até ao presente. O país estava diferente e a tecnologia associada à fotografia também. Estavam a aparecer as primeiras câmaras digitais de elevada qualidade. Avancei para o registo fotográfico digital e isso condicionou definitivamente a natureza deste trabalho bem como a quantidade de fotografias produzidas, um número que excedeu as seiscentas mil imagens. Aliás, os números associados a este projeto são, de alguma forma, impressionantes. Além do elevado número de fotografias, foram percorridos cerca de 300 000 quilómetros, que se desenvolveram ou longo de todo o espaço português, foram visitadas praticamente todas as então mais de 4200 freguesias; ao contrário do trabalho antecedeu este, Portugal - O Sabor da Terra, foram visitadas as ilhas dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, que contribuíram para o desenvolvimento de uma leitura mais complexa da natureza do território português. Em cada viagem havia um país que se descobria, mas também uma identidade múltipla. Velocidade e desfragmentação.
Calvão. Chaves. 2001
Santuário de Nossa Senhora da Peneda. Gavieira. Arcos de Valdevez. 2002


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